No dia 25 de novembro ocorreu um ataque a uma escola no Espírito Santo. Outros casos similares ocorreram no Brasil e isso vem levantando diversos questionamentos.

Observações em fóruns do tipo “Chans”, no dia 23 de setembro, mostraram uma movimentação anômala, que se iniciou com a sentença de prisão perpétua proferida contra o ator canadense Ryan Grantham, acusado de assassinar sua mãe em 2020 com elementos ritualísticos e sinais para “channers”.

Um ponto bastante explorado foi o diário de Ryan, divulgado parcialmente. Nele Ryan planejava a morte de sua mãe, atacar sua antiga escola e o premier canadense Justin Trudeau, acusado de ser um globalista que tira os direitos da “população de bem”.

A história ganhou força em todos os fóruns acompanhados, gerando um fluxo de publicações com ameaças bastante extensas, tornando-se o maior nível já visto nas observações e apontando alarme de uma possível onda de ataques a escolas e contra figuras políticas.

Após isso, surgiram notícias de ataques em escolas em Barreiras (CE), na Chapada Diamantina e em Sobral (CE), entre os dias 26 de setembro e 7 de outubro. Detectamos ainda ataques a escolas em outros países, como Rússia, Estados Unidos, Polônia, África do Sul e Alemanha no mesmo período. Além desses, também tivemos outros 82 relatos não confirmados durante os dois meses citados em redes sociais.

Durante outubro, os fóruns continuaram em um nível alarmante de ameaça, apenas se normalizando durante a última semana do mês.

É impossível afirmar o quanto esse ataque ocorrido neste final de novembro no Espírito Santo é fruto da onda de ameaças ocorridas durante os dois meses anteriores, mas é possível afirmar a possibilidade relevante da existência de um vínculo, que demonstra um avanço global preocupante da cultura existente nesses fóruns.

Edição: Pedro Carrano e Lucas Botelho