Rio Grande do Sul

Clima

Lideranças indígenas, quilombolas e cientistas climáticos se reúnem em Porto Alegre

Campus Antropoceno Brasil promove mesas de debates na próxima semana, de 7 a 12 de novembro, na CCMQ

Brasil de Fato | Porto Alegre |
Evento promove espaço para a imaginação coletiva e interdisciplinar sobre o mundo que se quer habitar - Reprodução

As mudanças climáticas e crise ambiental são tema das mesas de debates que compõem o Campus Antropoceno Brasil, que começa na próxima semana em Porto Alegre. Reunindo pesquisadores reconhecidos internacionalmente, como o climatólogo Alexandre Costa e o filósofo político Rodrigo Nunes, a semana promove quatro mesas durante as manhãs nos dias 7, 9, 10 e 11 de novembro, no Teatro Bruno Kiefer da Casa de Cultura Mario Quintana.

Além de pesquisadores de destaque, que vão de antropólogos a geólogos, o evento também recebe lideranças populares de comunidades tradicionais. Entre elas Berenice Gomes de Deus, ou Dona Berê, presidenta do Quilombo da Anastácia, em Viamão (RS), e a líder Guarani Cacica Kerexú Takuá.

Há também uma mostra de cinema na Cinemateca Capitólio e uma exposição artística coletiva no Goethe-Institut Porto Alegre, além de atrações literárias especiais.

As inscrições para acompanhar as oficinas e mesas, seja presencialmente ou online, são gratuitas e enceram nesta sexta-feira (4). A programação cultural não requer inscrição para o modo presencial e a disponibilidade está sujeita à lotação dos espaços. Estes eventos não serão transmitidos online.

Produzido pela Associação de Práticas e Pesquisas em Humanidades (APPH) de Porto Alegre, o Campus Antropoceno Brasil é uma iniciativa que prevê reunir perspectivas distintas para tentar compreender os desafios do contemporâneo. O professor André Araujo, um dos coordenadores do projeto, vê a organização das mesas de debate como o grande trunfo da semana de atividades. "Estamos entrando em um período em que é preciso colocar a política ao lado da ciência, o moderno aliado com o tradicional. Vimos com a pandemia como essas coisas estão ligadas", diz o pesquisador.

Programação das mesas

Na segunda-feira (7), às 10h da manhã, será realizada a abertura do evento com a mesa "Antropoceno: ecologias contestadas", com Alexandre Costa e a bióloga e antropóloga Lorena Fleury.

Na quarta-feira (9), acontece a mesa "Escalas: dinâmicas fundo-superfície", com Francisco Eliseu Aquino, Renzo Taddei e Rodrigo Nunes.

Já na quinta-feira (10), o evento recebe Alexandro Cardoso, catador de materiais recicláveis e cientista social, para debater com os antropólogos Jean Segata e Guilherme Moura, professores da UFRGS e da USP respectivamente, para a mesa "Contaminações: confusão das fronteiras".

Por fim, na sexta-feira (11), a mesa "Retomadas: outros passados, novos futuros" coloca em diálogo a antropóloga e especialista no Movimento Zapatista Ana Morel, com a Cacica Kerexú Takuá e Dona Berê.

Confira a programação completa do evento e se inscreva nas atividades em campusantropocenobrasil.com.

Sobre o Campus Antropoceno Brasil

O Campus Antropoceno Brasil oferece uma semana de debates e vivências concentrada nos desafios dos tempos atuais. O evento promove um espaço para a imaginação coletiva e interdisciplinar sobre o mundo que se quer habitar e a vida que se quer viver no futuro imediato e no futuro distante.

O evento é produzido pela APPH em parceria com a PUC-Rio, e realizado através do projeto "A Terra e Nós", financiado pelo CNPq. Também recebe financiamento da Rede Covid-19 Humanidades, PPGAS/UFRGS, IFCH/UFRGS, Instituto Serrapilheira, Departamento de Filosofia PUC-Rio, e Editora Bazar do Tempo. Tem correalização do Goethe-Institut Porto Alegre, Anthropocene Curriculum, Haus der Kulturen der Welt e Max Planck Institute for the History of Science e apoio da Casa de Cultura Mario Quintana, Cinemateca Capitólio, Fórumdoc.BH, Livraria Baleia, Livraria Taverna, PARI-c e SEL Harvard.


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Edição: Marcelo Ferreira