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3º turno: Bolsonaro estimula bloqueios em estradas e vigílias nos quartéis no Dia de Finados

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Jair Bolsonaro fala pela segunda vez desde a derrota no domingo (30) - Reprodução/Instagram
O cenário político pós-eleitoral exige das forças políticas democráticas o máximo de vigilância

O bolsonarismo apresenta as suas armas, iniciando um terceiro turno com a obstrução de estradas federais e promovendo vigílias nas portas de quartéis no feriado do Dia de Finados.

O movimento tem um claro sentido golpista e objetiva impulsionar a resistência da direita neofascista, que pretende manter uma permanente chantagem contra o resultado eleitoral e tumultuar a transição de governo para Lula.

Apesar de decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) exigindo a suspensão dos bloqueios, os bolsões mais radicais do movimento permanecem ocupando trechos de estradas, principalmente na região sul do país.

Enquanto isso, o presidente derrotado continua manejando o ressentimento de sua base extremista e politicamente mais radicalizada. O rápido e vago pronunciamento de Jair Bolsonaro, na terça-feira (1), foi um sinal para a continuidade dos atos criminosos da militância bolsonarista, na medida em que não reconheceu oficialmente a derrota nas urnas para o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva.

O ensaio golpista é bancado financeiramente por empresas vinculadas ao bolsonarismo, fazendeiros e transportadoras, os caminhoneiros são uma reduzida massa de manobra no interior do movimento — diversas entidades que atuam na categoria condenaram os bloqueios.

O cenário político pós-eleitoral exige das forças políticas de esquerda e democráticas o máximo de vigilância, evitar provocações e manter a base militante da campanha vitoriosa de Lula mobilizada para empreender forte resistência diante de qualquer aventura golpista da extrema direita.

Além disso, a cidadania deve exigir das instituições da República o rigor da lei para punir os criminosos e vândalos da extrema direita, que teimam em não respeitar a vontade majoritária da população brasileira, que elegeu Lula presidente do Brasil, após uma acirrada disputa eleitoral — com o governo bolsonarista usando e abusando da máquina pública e despejando milhões de reais para aliados políticos.

Edição: Pedro Carrano