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Coluna | Brasil chega à final do Mundial (de vôlei)

Time treinado por Zé Roberto vence a Itália e agora encara a Sérvia, atual campeã

Curitiba (PR) |
Final do mundial de vôlei feminino acontece no sábado (15), às 15h, com transmissão em TV aberta, pela Globo - Divulgação FIVB

O Brasil pode marcar história e buscar pela primeira vez o título de campeão mundial de vôlei feminino. O penúltimo passo foi dado com a vitória por 3 sets a 1 na semifinal diante da favorita Itália, que derrotara o time tupiniquim na final da Liga das Nações, em julho.

Na semifinal, na quinta (13), em Apeldoorn, na Holanda, o Brasil começou bem, venceu o primeiro set por 25 a 23, perdeu o segundo por 22 a 25, e garantiu a vitória nos dois sets seguintes por 26 a 24 e 25 a 19. Cabe lembrar que, neste Mundial, o Brasil foi o único que conseguiu derrotar as italianas, que disputarão com os Estados Unidos o terceiro lugar.

Na final, no sábado (15), às 15h, com transmissão por Globo e SporTV, o Brasil enfrentará a atual campeã mundial, a Sérvia, depois de jogos duríssimos e em que não era o time favorito. Principalmente pelo trabalho de renovação que vem sendo feito.

Destaque, neste Mundial, para jogadoras como a meio de rede Ana Carolina, uma das melhores bloqueadoras do campeonato, para a levantadora Macris e para, provavelmente, a melhor ponteira do mundo, Gabriela (Gabi), que vem sendo o principal destaque da competição.

A disputa contra a Itália não foi fácil. Do outro lado estava a oposta Egonu, provavelmente a principal atacante do vôlei no momento, que fez na semifinal 30 pontos. Pelo lado brasileiro, a principal pontuadora foi Gabi, com 20 bolas no chão. Carol teve 17 pontos, sendo 10 deles de bloqueio.

Japão, o jogo mais difícil

Contra a Itália, a partida não foi fácil, mas nada se compara ao drama contra as japonesas nas quartas-de-final. O Brasil saiu perdendo por 2 sets a zero, o que obrigou Zé Roberto a trocar mais da metade do time. Saíram a levantadora Macris, a ponteira Pri Daroit, a oposta Tainara e a líbero Natinha. Nos seus lugares entraram Roberta, Rosamaria, Lorenne e Nyeme, e veio a vitória por 3 a 2.

Ao final da partida, o veterano técnico Zé Roberto vibrava como uma criança e foi comemorar com a família nas arquibancadas: “Não teve jeito. Depois, quando eu vi a família, a última bola caindo. Depois de sair de 2 a 0, aquele sufoco todo. Dificuldade o tempo inteiro, a bola não caía. Foi uma loucura. Mas, ao mesmo tempo, estou feliz por ter acontecido desse jeito. Fico feliz por termos achado forças do fundo da alma, do coração. Para ganhar um jogo desses, só dessa maneira”, disse em entrevista ao site GE. 

Edição: Lia Bianchini