Essa coluna se dedica a falar das mulheres do futebol. Falo, sobretudo, dos jogos, das jogadoras. Sem as quais nada do que consideramos mágico no futebol seria possível.

Porém, o futebol se faz com outros personagens. As torcedoras, por exemplo, são a alma do esporte. E há aqueles e aquelas responsáveis por contar todas essas histórias. Sabemos que o futebol é um esporte hegemonicamente masculino e isso também aparece nas cabines de imprensa. Quantas mulheres narradoras, comentaristas, repórteres temos? Proporcionalmente é um número muito abaixo dos homens. Claro que isso interfere na própria cobertura esportiva que é feita. É preciso maior diversidade.

Lembrando que mulheres também não são uma categoria universal, então diversidade dentro desse grupo também é fundamental. Precisamos de espaço para mulheres negras, indígenas, LGBTQIA+, trans e todas as outras.

Na Copa do Catar vamos dar mais um passo nessa direção. Renata Silveira e Natália Lara se tornarão as primeiras mulheres a narrar um Mundial na TV Globo/SporTV, emissora que transmite a Copa desde 1970. A elas se juntam as comentaristas Ana Thaís Matos e Renata Mendonça. O time dos comentários contará ainda com Formiga, Cristiane e Tamires. Vamos pôr mais!

Edição: Frédi Vasconcelos e Lia Bianchini