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Milton Alves: Ratinho segue fingindo que não disputa uma reeleição

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Governador Ratinho Junior (PSD), em visita à escola cívico-militar de Jandaia do Sul - Foto: Ari Dias/AEN
Resta saber até quanto tempo essa operação vai funcionar politicamente

A iniciativa de realizar os primeiros debates nos períodos eleitorais já é uma tradição da Rede Bandeirantes.

Apesar do formato bastante engessado dos debates, é um meio em que a parte da população mais interessada na política toma conhecimento dos candidatos. Acompanhei blocos dos debates do Paraná, Rio e SP.

Aqui no Paraná, sem Ratinho no debate, e com candidatos inexpressivos, o veterano Requião, candidato do PT, aproveitou o espaço para vender o seu peixe e convocar, mais uma vez, o ocupante do Palácio Iguaçu para a arena da disputa eleitoral.

Ratinho segue fingindo que não disputa uma reeleição.

A tática da “não eleição” é a opção adotada até aqui pelo péssimo governador do Paraná.

Resta saber até quanto tempo essa operação vai funcionar politicamente.

Ratinho Junior, no momento lidera as pesquisas, mas Roberto Requião é um político que cresce na esteira dos embates, e já venceu adversários mais consistentes e em condições mais duras.

Ratinho é frágil, e sabe disso.

Outra nota: me chamou atenção, o despreparo e a diminuta formação política dos candidatos dos pequenos partidos de esquerda — PCB, PSTU, PCO — organizações partidárias sem lastro eleitoral e social — ou seja, voto, que precisavam apresentar candidatos mais preparados, com maiores capacidades de divulgação e propaganda de seus projetos políticos.

Perdem uma boa oportunidade, e se mostram organizações caricatas quando falam em nome dos trabalhadores.

No Rio, Marcelo Freixo mostrou preparo e não poupou o principal adversário, o bolsonarista Cláudio Castro, que foi o alvo principal dos outros postulantes.

*Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasil de Fato.

Edição: Pedro Carrano