Paraná

Cerveja

Site e livro contam a história das primeiras cervejarias artesanais de Curitiba

A mídia traz trechos do livro que será lançado em julho, além de rótulos históricos e um mapa das cervejarias atuais

Curitiba |
Pesquisa sobre cervejarias artesanais de Curitiba resultou em livro e um site interativo - Divulgação

Ao experimentar uma cerveja artesanal tão em moda hoje em Curitiba, talvez a grande maioria dos curitibanos adeptos da bebida, não saibam que essa tradição cervejeira foi deixada de lado por conta das grandes guerras mundiais e começou em 1858 na capital do Paraná.

Essa história e a atualidade que coloca Curitiba como importante polo cervejeiro do país são temas do livro “Cervejarias de Curitiba”, escrito a partir da pesquisa realizada pelo historiador Victor Augustus Graciotto Silva e o designer José Humberto Boguszewski, com publicação pela Máquina de Escrever Editora e Produção Cultural.

Victor destaca que este boom de cervejarias que presenciamos hoje em Curitiba revela uma tradição cervejeira de mais de 150 anos, tema central do livro. “Em 2000, mais precisamente, começamos a acompanhar a volta da produção artesanal de cervejas em casa, assim como acontecia na antiguidade,” diz.

O designer José Humberto destaca que tanto o site como o livro trazem preciosidades encontradas no processo de pesquisa. “ Um exemplo são os rótulos das cervejas, cujos símbolos, caligrafias e cores permitem entendermos mais sobre questões culturais de cada  período histórico da cerveja em Curitiba.”


Rótulos históricos fazem parte do acerco da pesquisa e estão veiculados no site / Divulgação

Site das cervejarias atuais 

Para divulgar o livro e a pesquisa, um site, o www.cervejariasdecuritiba.com.brserá lançado no próximo sábado, 25. Na data do lançamento um primeiro vídeo de uma série de sete episódios, com uma conversa dos autores sobre o processo de pesquisa, será veiculado e os episódios seguintes nas quintas e sábados, sendo o último no dia 16/07.

No site, além dos vídeos, também será possível encontrar trechos da obra, acesso a um acervo de rótulos das primeiras cervejas de Curitiba, fotografias inéditas de cervejeiros, das fábricas de cerveja e do hábito de beber cerveja de 100 anos atrás serão encontrados nesta mídia que tem como objetivo aproximar os curitibanos da história da cerveja em Curitiba.

Mapa interativo

No site também será disponibilizado um mapa interativo indicando os caminhos atuais das principais cervejarias de Curitiba.

 


Um apanhhado histórico traz a história das primeiras fábricas de cervejas em Curitba / Divulgação

Das casas dos imigrantes às fábricas.

A história das cervejas artesanais, em Curitiba, começou em 1858 pelas mãos de cervejeiros alemães, italianos, suecos e austríacos. A produção era caseira e a venda era para vizinhos e familiares.

Os imigrantes europeus chegaram em levas, de forma gradual, promovendo um desenvolvimento da cidade ao longo das décadas. E a cerveja acompanhou este crescimento. De caseira passou a pequenas fábricas. E na virada de século, com máquinas de fazer gelo importadas da Alemanha.

Abrimos o século XX com uma cerveja de baixa fermentação e com uma produção em expansão, tendo na Cervejaria Atlântica a sua maior fábrica que empregava mais de 300 funcionários em 1929. O hábito de beber cerveja era cada vez maior, acompanhando uma população que se divertia nos parques do Passeio Público, no Parque Cruzeiro e no Recreio da Providência.

Mas, veio a Segunda Guerra Mundial e as cervejarias fecham. Após o término da guerra, restou apenas uma, a Filial da Brahma. E assim permaneceu até que um visionário alemão, em 1987, nos lembrasse que é possível fazer cerveja de forma independente e artesanal. Um respiro curto, mas suficiente para mostrar que era possível. E a partir da primeira década do século XXI, Curitiba explode de cervejarias artesanais e de uma infinidade de estilos e sabores. O novo que vemos hoje tem lastro lá no passado.

 

 

Serviço

Lançamento do site www.cervejariasdecuritiba.com.br

Dia 25 de junho de 2022

Horário: 19 hs

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Edição: Lia Bianchini