Paraná

Eleições 2022

É preciso retomar a função social do Estado, defendem pré-candidatos a deputado estadual

Tema foi debatido no programa BdF Eleições, realizado pelo Brasil de Fato Paraná

Curitiba (PR) |
O programa BdF Eleições 2022 é realizado pelo Brasil de Fato Paraná todas as terças-feiras, às 11h30 - Reprodução internet

Importância das eleições 2022, papel do Estado na elaboração das políticas públicas e representação política foram alguns dos temas debatidos pelos pré-candidatos a deputado estadual pelo Paraná, Arilson Chiorato (PT) e Goura (PDT). Ambos atualmente são deputados e concorrem à reeleição.

O debate aconteceu no programa BdF Eleições 2022, transmitido todas as terças feira, às 11h30h, nos canais do Brasil de Fato Paraná.

Para os pré candidatos, as eleições de 2022 representam momento importante para combater o desmonte das políticas públicas no país.

“Estamos vivendo um capítulo da história do Brasil de enormes retrocessos. Por isso, a importância das eleições para mudar esse cenário", disse Chiorato. O petista complementou que "é urgentemente retomar o entendimento do papel do Estado para a vida das pessoas".

"O Estado, com este governo federal e estadual, deixou de cumprir seu papel efetivo na vida das pessoas, que é o de elaboração e efetivação de políticas públicas para melhorar a vida da população e incluir o povo no orçamento. Entender que o objetivo único da política é este, melhorar a vida das pessoas”, afirmou.

Arilson cita exemplos do atual governo do Paraná, que não tem priorizado as pessoas. “O que estamos vendo é nossas empresas públicas perderem sua função social, como a Sanepar e Copel que tem priorizado o lucro e não o bem estar da população. Além disso, há enorme asfixia financeira em áreas sociais como educação, saúde, etc.,” completou.

Superar o bolsonarismo

Para o deputado Goura, é preciso superar o bolsonarismo e o desmonte das políticas públicas. “A gente precisa deixar claro que há um alinhamento dos governos Bolsonaro e Ratinho Junior em todas as áreas, no retrocesso ambiental, na militarização das escolas e precarização da educação, por exemplo", disse.

Para o deputado, é preciso reafirmar para a população a importância do voto "para superar esse momento triste com tantas mortes e desmonte de políticas públicas.”

Nas últimas eleições, Bolsonaro teve cerca de 70% dos votos e, atualmente, o governador Ratinho Junior (PSD) tem a maioria dos deputados da Assembleia Legislativa em sua base de apoio.

Sobre esse cenário, Goura disse que é estratégico fortalecer e unir o campo progressista. “Hoje o poder legislativo não cumpre seu papel, que é ter um olhar critico e fiscalizador. Sem ilusões, vamos ter um processo muito difícil pela frente para a reconstrução do Estado brasileiro. Para isso, defendo que é preciso fortalecimento e união do campo progressista”, disse.

Chiorato defende que é preciso ampliar o diálogo com a população para mostrar quem está contra o povo. “Por que estão altos os preço da carne, gasolina, do óleo diesel, da energia elétrica? [Temos que] Sair da falácia de que estamos em crise e não há o que fazer", pontuou.

Ampliar a representação política

Ao serem questionados como os parlamentares podem contribuir para fortalecer as pautas das minorias tão atacadas por esses atuais governos, estadual e federal, ambos concordaram que é preciso trazer mais pessoas para a política.

“Como figura pública, a gente tem responsabilidade e tudo que fazemos tem uma força muito grande. Por isso, os mandatos precisam trazer os movimentos sociais para os parlamentos. Por exemplo, nosso mandato, nos últimos anos realizou a Conferência Popular da Habitação, Audiência Paraná Quilombola e faremos uma sobre pesca artesanal, entre outras ações”, explicou Goura.

O deputado do PDT também defendeu que é preciso contribuir para abrir espaço para ampliar a representação política plural e diversa. “Vivemos também o momento de desqualificação e criminalização da política, afastando assim as pessoas. Com os nossos mandatos e partidos, temos que trazer as pessoas para a política e ampliar as nossas bancadas de forma plural”, defendeu.

Para Chiorato, a defesa das minorias deve ser feita na prática, tanto no parlamento como nos partidos. “Por exemplo, as mulheres são enormemente prejudicadas nas oportunidades de poder participar da política. É preciso pensar formas de garantir não só o acesso da mulher, como possibilitar que ela tenha condições de participar. O mesmo com as representações LGBTQI, movimento negro, indígena. Além da participação, trazer essas pautas e narrativas para dentro do parlamento”, concluiu.

Edição: Ana Carolina Caldas