Paraná

Caso Renato Freitas

Vereador Renato Freitas (PT) questiona sindicância sobre e-mail racista: "conclusão apressada"

Freitas aponta como falhas falta de perícia em computador e de investigação aprofundada sobre o IP do remetente

Curitiba (PR) |
Para Freitas, sindicância foi feita de forma alheia a "mecanismos e ferramentas comuns de investigação" - Foto: Rodrigo Fonseca/CMC

O vereador Renato Freitas (PT) questionou o relatório final da sindicância que investigava o e-mail racista enviado a ele supostamente pelo vereador Sidnei Toaldo (Patriota). Em sessão ordinária na Câmara de Curitiba nesta segunda (6), Freitas afirmou que a sindicância teve "conclusão apressada" e "totalmente insuficiente."

Aberta no dia 12 de maio, a sindicância tinha o prazo de 30 dias úteis para concluir a investigação sobre materialidade e autoria da mensagem. O resultado preliminar apontando que o e-mail partiu de um servidor da República Tcheca saiu em cinco dias úteis e o relatório final, que afastou qualquer envolvimento de Toaldo, foi concluído em 14 dias.

"A partir da investigação, soube-se que o IP, que o número foi mascarado. Em um exercício de exclusão de autoria hipotética, chegou-se à conclusão de que não teria sido o vereador [Toaldo], que o e-mail partiu da Europa Central. Conclusão apressada, pois deveria haver uma pesquisa reversa, ou pelo menos ser acionado o Serpro, mas não foi acionado", disse Freitas.

O vereador petista também questionou o fato de não ter sido feita perícia no computador de Toaldo. "A Corregedoria não acessou o computador do vereador Sidnei Toaldo para conferir informações básicas. Não foi feita perícia. No nosso, foi; mas no dele não foi feita”, afirmou.

Para Freitas, a sindicância foi feita de forma alheia a "mecanismos e ferramentas comuns de investigação." Ele pontuou que registrou Boletim de Ocorrência no Núcleo de Combate aos Cibercrimes (Nuciber) da Polícia Civil e espera um desfecho para a autoria, a partir de uma "investigação séria".

Corregedora rebate críticas

Ao final da sessão, a corregedora da Câmara, Amália Tortato (Novo), rebateu as críticas de Freitas à sindicância.

Primeiro, negou que tenha havido perícia do computador do parlamentar, informando que apenas acessaram o e-mail e copiaram os metadados, com a supervisão do mandato.

Depois, que a Câmara contatou o Serpro e que foi o órgão federal que informou não ter havido nem mensagens de Toaldo para Freitas no horário do disparo nem acesso ao e-mail no mesmo período. “A sindicância foi feita de forma técnica e imparcial”, afirmou Tortato.

*Com informações da Câmara de Curitiba.

Edição: Lia Bianchini