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Coluna | A seleção (quase) sem craques vai à Copa

Brasil ganha da Coréia do Sul de goleada e sem candidato a melhor do mundo

Curitiba (PR) |
Não existe, ainda, na seleção, um craque daqueles capazes de ganhar como melhor do mundo e que seja o destaque principal de seu time - Foto: Agência Brasil

O Brasil entrou em campo contra a Coréia do Sul, na quinta, dia 2, com 11 excelentes jogadores, que ganharam do time asiático de goleada, por 5 a 1. Nos onze iniciais estavam Weverton, Daniel Alves, Marquinhos, Thiago Silva, Alex Sandro, Casemiro, Fred, Paquetá, Raphinha, Richarlison e Neymar. Quase todos jogando em times europeus em ligas de primeira linha, com exceção do goleiro palmeirense.

Nesse time que deve ser a base da Copa do Mundo do Catar, em novembro e dezembro deste ano, o problema é que não existe, ainda, um craque daqueles capazes de ganhar como melhor do mundo e que seja o destaque principal de seu time. Os que chegam mais perto disso são Neymar, que já esteve entre os três indicados, mas nunca ganhou o prêmio. E Vinicius Júnior, jovem ainda, mas um dos principais destaques do time que ganhou a Champions League, aliás fazendo o gol decisivo da final.

O problema é que Neymar aparentemente não traz mais a esperança que já foi depositada nele. Vem de temporadas ruins no Paris Saint Germain e, na seleção, foi a duas copas, Brasil e Rússia, sem trazer títulos ou se destacar tanto quanto se esperava. Tem no currículo o primeiro ouro olímpico brasileiro, o que ainda é pouco pelo que se espera (ou se esperava) dele. Vinicius Junior pode ainda se tornar um dos melhores ou o melhor, é titular e destaque do talvez maior clube do mundo, o Real Madri, porém ainda não dá para jogar em suas costas a busca pelo caneco no Catar.

Nos últimos títulos mundiais que conquistou, a seleção tinha craques incontestes. Em 1994, pelo menos Romário e Bebeto estavam entre os melhores do mundo. Em 2002, Ronaldinho, Ronaldo e Rivaldo eram estrelas. Aliás, entre 1999 e 2007, das nove temporadas, o Brasil teve o melhor jogador do mundo em 4, com Rivaldo, Ronaldo, Ronaldinho e Kaká, o que não se repete há quinze anos. E dificilmente vai acontecer num período próximo, a não ser que os ótimos jogadores de Tite tirem um verdadeiro título da cartola no Catar ou alguém faça a melhor temporada de sua vida.

Edição: Lia Bianchini