Paraná

Transporte

Câmara confirma novo "auxílio emergencial" para empresas do transporte coletivo de Curitiba

Justificativa da prefeitura é de que a maior parte do aporte equalizará o deficit tarifário na capital

Curitiba (PR) |
Projeto teve 25 votos favoráveis e 8 contrários - Foto: Rodrigo Fonseca/CMC

Em votação nesta terça (31), a Câmara de Curitiba confirmou a aprovação do crédito adicional suplementar de mais de R$ 174 milhões para empresas do transporte coletivo da capital.

Conforme a justificativa da prefeitura, enviada para a análise dos vereadores em 1º de abril, R$ 132,4 milhões serão usados para equalizar, até o fim de 2022, a diferença entre a tarifa social de R$ 5,50 e a técnica, de R$ 6,3694. Já R$ 41,6 milhões seriam aplicados na manutenção do sistema.

Os recursos, completa o texto, devem ser remanejados da Secretaria Municipal de Planejamento, Finanças e Orçamento para o Fundo de Urbanização de Curitiba (FUC), gerido pela Urbanização de Curitiba (Urbs).

Acatada em segundo turno com 25 votos favoráveis e 8 contrários, a proposição será encaminhada para a sanção do prefeito Rafael Greca (DEM).

"Caixa-preta" do transporte tem que ser aberta

O contínuo subsídio ao setor, que chega a quase R$ 400 milhões desde o início da pandemia da covid-19, foi alvo de crítica da oposição na Câmara.

Líder da bancada, Professora Josete (PT) voltou a cobrar transparência da Urbs e planilhas que justificassem esse novo repasse. "Por diversas vezes, dentro da Comissão de Serviço Público, a qual faço parte, fizemos pedidos detalhados sobre esses repasses, cobramos publicamente o presidente Ogeny [Pedro Maia Neto, presidente da Urbs], mas nunca tivemos um retorno satisfatório aos nossos pedidos”, comentou a vereadora.

Também contrária ao novo aporte milionário, a vereadora Carol Dartora (PT) cobrou a atualização do plano setorial de mobilidade, a bilhetagem em tempo real, as melhorias no serviço ofertado e a retomada das reuniões periódicas do Conselho Municipal de Transporte. “O transporte público de Curitiba é uma caixa-preta que tem que ser aberta", afirmou.

*Com informações da Câmara Municipal de Curitiba e da assessoria parlamentar.

Edição: Lia Bianchini