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Coluna

1º de maio internacional de solidariedade de classe entre Argentina, Brasil de Paraguai

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Evento reforça a importância do internacionalismo e da solidariedade entre a classe trabalhadora - Divulgação
Enfrentamos a ofensiva da extrema direita raivosa que procura a todo custo atacar sindicalistas

A Central Única do Paraná, a CUT-PR, com vista à importância política que o ano de 2022 se constitui para a classe trabalhadora como um todo, por causa das eleições que acontecem em diversos países da América Latina, inclusive no Brasil, tomou a inciativa do diálogo em construir no Paraná, na cidade de Foz do Iguaçu, tríplice fronteira do Brasil com Argentina e Paraguai, o dia 1º de maio - Dia Internacional das Trabalhadoras e dos Trabalhadores com foco na solidariedade e no internacionalismo de classe.

O momento político da América Latina nos faz compreender que é fundamental o exercício da solidariedade de classe entre os povos, por isso geograficamente esse ato que envolve inúmeras centrais sindicais se torna uma poderosa parceria sindical entre Argentina, Brasil e Paraguai.

A Primeira atividade será um Seminário Internacional sobre a situação da classe trabalhadora na América Latina, que acontece no dia 30 de abril. O seminário, que contará com representantes dos três países e da Confederação Sindical das Américas(CSA), dará suporte à atividade do Dia 1º de Maio, que reunirá trabalhadoras e trabalhadores dos três países, de centrais sindicais, movimentos populares, movimento estudantil e movimentos sociais, como o Movimento de Atingidos por Barragens - MAB - e o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra - o MST.

Não é a primeira vez que a CUT Paraná realiza o 1º de maio na Tríplice Fronteira. Porém, isso aconteceu em outros tempos aqui no Brasil. Nos tempos dos governos democráticos e populares de Luís Inácio Lula da Silva, em que existia uma outra compreensão sobre a consciência e a luta de classes e a necessidade da solidariedade internacional entres os povos para que houvesse uma maior integração entre trabalhadoras e trabalhadores dos países do Cone Sul, o dia 1º de Maio – Dia Internacional das Trabalhadoras e dos Trabalhadores, aconteceu em duas ocasiões na Cidade de Foz do Iguaçu no Paraná, Brasil.

O atual momento é totalmente diferente, pois enfrentamos a ofensiva da extrema direita raivosa que procura a todo custo atacar sindicalistas e os sindicatos, buscando desmontar a estrutura sindical. Por isso, destacamos que o momento é fundamental para o exercício da solidariedade de classe, pois em diversos países teremos processos eleitorais com a possibilidade real e concreta da volta dos governos democráticos e populares. Essa onda que se confirmou recentemente na Bolívia, no Chile, em Honduras e no Peru.

O Dia Internacional do Trabalho se configura como um marco simbólico de solidariedade e de internacionalismo classista, com o alerta de que as trabalhadoras e trabalhadores precisam saber de que lado estão, precisam saber quem governa pensando em empoderá-los e fazê-los participar da política para melhorar a vida de todas e todos. Por isso reafirmamos a importância da celebração do 1º de maio em uma região que possa destacar essa solidariedade internacionalista e classista!

Viva as trabalhadoras e os trabalhadores de Argentina, Brasil, Paraguai e todas e todos as trabalhadoras e trabalhadores do mundo! 

*Marcio Kieller é presidente da Central Única dos Trabalhadores do Paraná - CUT/PR - e mestre em Sociologia Política pela Universidade Federal do Paraná - UFPR.

**Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasil de Fato.

Edição: Frédi Vasconcelos e Lia Bianchini