Paraná

Direito à cultura

Biblioteca Franco Giglio será recuperada e reaberta à comunidade

Movimento chegou a ser criado em 2017 pedindo a reabertura do espaço no bairro Campina do Siqueira, em Curitiba

Curitiba (PR) |
Fundada em 1982, biblioteca foi um dos centros culturais mais ativos nas décadas de 1980 e 1990 - Foto: Gilson Camargo

Após pressão da comunidade, ex-frequentadores e militantes do setor cultural, a Biblioteca Franco Giglio, na Campina do Siqueira, em Curitiba, passará por restauro, ampliação e será reaberta à comunidade.

Fundada em 1982, para incentivar a leitura entre as crianças, a biblioteca recebeu o nome do artista plástico Franco Giglio. Foi um dos centros culturais mais ativos nas décadas de 1980 e 1990, por oferecer atividades gratuitas de formação artística e cultural de forma permanente. Devido a problemas jurídicos e comprometimento do imóvel, está fechada há quase dez anos.

O processo para restauro e ampliação do equipamento foi iniciado em março deste ano, com decreto da Prefeitura para a concessão de incentivo construtivo às obras. O investimento previsto é de R$ 1,2 milhão, a ser captado a partir da venda de cotas de potencial. A possibilidade da captação se deu em 2019 com a transformação do imóvel da biblioteca Franco Giglio em Unidade de Interesse Especial de Preservação (UIEP).

O engenheiro Civil Maurício Costa Luis, que na década de 90 aprendeu a jogar xadrez naquele equipamento municipal, comemorou. “As idas à Biblioteca Franco Giglio fizeram parte da minha infância e pré-adolescência. Lá, emprestava livros e participava das atividades, uma delas o xadrez. As aulas incentivaram o nosso grupo de amigos. A biblioteca era um equipamento bastante utilizado pela vizinhança e seu retorno nos tempos que vivemos é muito bom”, diz. 

Volta Franco Giglio

Em 2017, um piquenique literário foi realizado no terreno da Biblioteca pelo Movimento Volta Franco Giglio, que denunciava o abandono do espaço pelo poder público.

Na época, comissão chegou a ser recebida pela Fundação Cultural de Curitiba, que disse depender de recursos para as reformas. No ano do seu fechamento, em 2014, a Prefeitura chegou a informar, diante de denúncias feitas por moradores à imprensa, que o imóvel estava com infestação de cupins.

Edição: Frédi Vasconcelos e Lia Bianchini