Paraná

FUTEBOL FEMININO

Coluna Elas por Ela | Dois lados da moeda

“não se pode aceitar nem tolerar a cultura de assédio e violência machista contra as mulheres”

Paraná |
Coluna da edição 250 do Brasil de Fato Paraná - Design: Vanda Moraes - Foto: Divulgação

Esta semana, o Barcelona, time catalão, foi protagonista de dois episódios do futebol feminino. E como a vida é repleta de contradições, temos aqui mais uma. Começando pelo viés negativo, na terça-feira, 29, a atacante Gio Queiroz publicou carta aberta ao presidente do Barcelona na qual denunciou assédio moral e psicológico que viveu dentro do clube. A jogadora afirmou que “não se pode aceitar nem tolerar a cultura de assédio e violência machista contra as mulheres” e relatou pressão sofrida por ela para não defender a Seleção Brasileira. O tom é forte e demonstra a coragem de se fazer uma denúncia dessa. Sempre batemos na tecla que respeito e condições dignas de trabalho fazem parte do mínimo que deve ser exigido no futebol de mulheres. Denúncias como essa mostram que ainda estamos longe do mínimo. Por outro lado, o mesmo Barcelona colocou 91.553 pessoas no Camp Nou para acompanhar o primeiro “El Clasico” dentro do estádio, nas quartas de final da Champios League Feminina. Um verdadeiro recorde de público para o futebol feminino, o maior entre partidas de clubes. Para coroar, veio a goleada por 5x2 no Real Madrid e a vaga para a semi.

Edição: Lucas Botelho