Paraná

Requião no PT

Em ato com mais de 5 mil pessoas, Lula assina filiação de Requião ao PT, em Curitiba

Políticos de todo o Brasil marcaram presença , além de sindicalistas e milhares de militantes de movimentos sociais

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Lula veio a Curitiba para assinar ficha de filiação do ex governador do Paraná, Roberto Requião, ao PT - Giorgia Prates

“Esse Paraná não pode ser chamado de conservador. Foi aqui que aconteceu a Vigília Lula Livre que resistiu comigo enquanto estive preso. Foi aqui no Paraná que vocês tiveram Requião como prefeito e governador. Um dos políticos que mais no dá orgulho. O Paraná é o que vocês quiserem fazer,”disse Lula ao assinar a ficha de filiação ao PT pelo ex governador do Paraná Roberto Requião.

“Aos meus 76 anos eu não acredito em estado fraco. Por isso, com Requião e todos os demais candidatos vamos fazer um Estado forte que garanta que numa crise como essa que não falte comida para o nosso povo.E, vocês já sabem, não tenho raiva pelo que me fizeram. Porque a minha vingança será fazer esse país feliz de novo”, disse o ex presidente Lula.

Companheiro Requião

“Todos aqui que falaram se dirigiram a mim como companheiro. Companheiros são aqueles que sentados à mesma mesa repartem o mesmo pão. O pão doce dos bons momentos e o pão amargo, dos mais difíceis. E, por isso, eu assino minha ficha de filiação, hoje, e me junto à militância do PT”, disse Roberto Requião. E anunciou que seu filho, o deputado estadual do Paraná, Requião Filho, também se filiará ao partido, além dos presidentes estaduais da CTB e Força Sindical. 

Requião reiterou que a presença de vários partidos e movimentos no ato  representa a força política que vai recolocar o Brasil no caminho do desenvolvimento e da restituição de direitos. “A tarefa que temos é infinitamente maior que nossas diferenças. Haverá divergências e dificuldades, mas sem a menor sombra de dúvida estaremos de acordo com os horizontes e estratégias a serem tomadas, pois nosso objetivo único é um só. Tenho fé que o Lula, com um programa de governo radicalmente comprometido com as classes populares terá um vitória retumbante e vai recolocar o Brasil no caminho certo.” O ex senador Requião também reafirmou que colocará seu nome para concorrer à eleição para o governo do Paraná.

Estiveram presentes no ato e fizeram uso da fala governadores, deputados, senadores e vereadores de várias partes do Brasil e representantes dos partidos políticos, centrais sindicais e movimentos sociais.

Requião, defensor da democracia

Ao fazer uso da fala, Gleisi Hoffmann, deputada federal e presidente do PT Nacional, ela relembrou a atuação política de Requião. “Requião como prefeito de Curitiba, em 1995, foi o melhor que cidade já teve, pois governou para todos. De lá ele foi expandindo a atuação política, como deputado, senador e governador do Paraná. Requião defendeu Dilma e Lula nos momentos mais difíceis. É um dos maiores defensores da democracia.” E defendeu que “Lula e Requião estejam à frente de um movimento de retomada da democracia no Brasil. “É Lula presidente, Requião governador e o povo novamente na condução das políticas sociais,” finalizou.

Lula de novo

Mais de 5 mil pessoas lotaram o auditório da ExpoUnimed, em Curitiba. Militantes, jovens, idosos, mulheres, crianças, indígenas, negros e negras presentes relembraram a importância do governo Lula. Olívio Jacobé, indígena guarani e escritor de Literatura nativa, disse que fez questão de ir porque reconhece que Lula é um homem do povo. “Quando ele foi presidente ele foi o melhor para os indígenas, nós, indígenas, vamos apoiar ele, ele é do povo.”  

Já Marina Roiek, trabalhadora lésbica disse que a sensação de ver Lula é nostálgica e saber que nos olhos do povo há esperança. “Lembro que em 2002 meu pai ficou mais feliz cm Lula presidente do que o Brasil campeão do mundo.”


A professora Elisa, presente com uma camiseta “13 confirma” disse que a vida com Lula era muito melhor. / Raíssa Melo

A professora Elisa, presente com uma camiseta “13 confirma” disse que a vida com Lula era muito melhor. “Minha primeira faculdade foi em 2006 e a segunda em 2016. Percebi a diferença de quem freqüentava as universidades. E, hoje, sou professora do ensino público e estou vendo o desmonte da educação.”

Carlos, representante do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis, presente no ato disse que a volta de Lula significa respeito e dignidade para os trabalhadores. “Não há dialogo com o governo federal, ausência da sociedade civil nos conselhos. É preciso que volte a Democracia,” disse.


Carlos, representante do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis / Raissa Melo

Presença de artistas

O ato contou com a apresentação do jornalista e carnavalesco paranaense Cláudio Ribeiro e a cantora curitibana Rogéria Holtz e o hino nacional foi entoado pela cantora Ana Decker.

 

 

Edição: Ana Carolina Caldas