Servidoras e servidores aposentados protestaram em frente à Prefeitura, nessa quinta feira (10) para reivindicar contra a proposta de cobrança indevida dos 14% nos proventos (salário e benefícios) de quem recebe menos do que o teto máximo (atualmente R$7.087,22).O ato foi organizado pelo SISMMUC e SISMMAC.
Os manifestantes reforçaram que já pagaram esta conta durante toda a carreira e não é justo pagar pela segunda vez.
O prefeito não recebeu as dirigentes de ambos os sindicatos para articulação da atual situação. No entanto, no decorrer da mobilização, uma Carta Aberta foi protocolada, além da solicitação da abertura de um processo de negociação com a administração da Prefeitura, para que o desconto de 14% seja revisto.
Marcha em direção ao prédio do IPMC
Em seguida, a mobilização seguiu em marcha até o Instituto de Previdência dos Servidores do Município de Curitiba (IPMC), onde o presidente do Instituto, Ary Gil Merchel Piovesan, aguardava para o debate da pauta.
Durante a audiência, que contou com a presença das diretorias dos sindicatos, além das aposentadas da base, foi reivindicado transparência da gestão. Segundo os representantes, a votação para aprovação da Reforma da Previdência ocorreu em regime de urgência, sem que houvesse debate público necessário e além disso, a categoria não foi informada de maneira clara sobre o desconto de 14%. “No momento da aprovação da Reforma da Previdência no município, muitos aposentados não se deram conta do impacto que o projeto traria para os servidores não ativos”, revelou Mônica Giovannetti, aposentada do SISMUC.
Gil Piovesan afirmou que a Reforma veio porque o antigo modelo não era sustentável para a atual realidade brasileira: “Nós precisamos manter o sistema viável. Se o município não tiver recursos disponíveis, não haverá equilíbrio financeiro para os que já se aposentaram e para os que ainda vão se aposentar”.
Para Liliane Cotinho, diretora de Aposentados e Idosos do SISMUC, o presidente se mostrou irredutível. “O desconto vem e isso vai custar para o nosso bolso. Mas nós vamos continuar a luta para que a cobrança dos 14% seja revogada!”.
Os sindicatos organizam nova mobilização ainda para o mês de março e convocam as servidoras e servidores para irem às ruas. Acompanhe nossas redes sociais para mais informações.
Edição: Ana Carolina Caldas