"Agricultura familiar pede socorro." A frase estampava uma das faixas carregadas por agricultores familiares do Paraná em protesto pedindo aos governos Federal e Estadual medidas emergenciais de enfrentamento à estiagem.
Os atos aconteceram nesta quarta (16), em cinco cidades do Paraná: Candoi, Coronel Vivida, Francisco Beltrão, Cascavel e Barracão/Dionísio Cerqueira.
"A agricultura familiar clama urgência e espera sensibilidade por parte dos governantes, para amenizar os prejuízos", afirmam os agricultores.
A demanda por socorro aos atingidos pela estiagem já atravessa anos. O Paraná vive uma seca histórica desde 2020.
No início de 2021, houve entrega de uma pauta de reivindicações ao governo do estado. Um ano depois, em fevereiro deste ano, os agricultores familiares reafirmaram suas reclamações e demandas ao Bloco Parlamentar da Agricultura Familiar na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep).
“A maioria dos pontos sequer foram atendidos. A única resposta por escrita que tivemos, em maio de 2021, dizia que não havia recurso previsto na lei orçamentária para socorrer os agricultores e as cooperativas. Um ano depois, continua não existindo?”, questionou Marli Brambilla, da Cooperativa de Comercialização da Reforma Agrária (Coana), em reunião com o Bloco Parlamentar.
Os principais pontos de reivindicação são a criação de política de proteção, conservação e pagamentos por serviços ambientais, programa de auxílio emergencial, identificação e fomento para agricultores familiares que não acessaram recurso público através de crédito rural e assistência técnica e extensão rural.
Edição: Lia Bianchini