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Com salários congelados há dois anos, servidores de Araucária (PR) decidem manter greve

Trabalhadores pedem reajuste de salários e condições dignas de trabalho

Curitiba (PR) |
Servidores decidiram pela manutenção da greve, nesta segunda (7) - Foto: Sifar

Servidores municipais de Araucária (PR) entraram em greve, nesta segunda (7). A greve foi aprovada no último dia 2 e, no final da tarde desta segunda, houve decisão pela sua manutenção até a quarta (09).

"Já são mais de 950 dias de salário e vale-alimentação congelados, enquanto cidades vizinhas, com arrecadações menores que Araucária, já concederam os reajustes", diz nota do Sindicato dos Servidores de Araucária (Sifar), explicando os principais motivos da greve.

Os servidores demandam "o reajuste no vale alimentação para R$800, a recomposição de 18% e o aumento linear de R$500 incorporados aos salários."

Segundo o sindicato, a Prefeitura de Araucária, no entanto, tem dificultado o diálogo com a categoria. Até o momento, houve agendamento de três mesas de negociação, todas canceladas em cima da hora marcada. A próxima tentativa de negociação está marcada para o dia 15 de março, "sem nenhuma garantia que ocorra", diz o Sifar.

"Há dois anos os trabalhadores da saúde, da assistência e da educação estão no limite da sobrecarga e sem nem ao menos a reposição da inflação", denuncia o sindicato, em nota.

Prefeitura justifica falta de reajuste

A prefeitura já foi notificada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) para que negocie com os trabalhadores. Respondendo à notificação, a gestão informou que vai participar de audiência com os servidores, junto à promotoria, “como sempre participou de diálogos e negociações”.

Ainda de acordo com a prefeitura, a decisão por não conceder reajuste ou reposição tem fundamento legal. O Executivo mencionou a lei sancionada em maio de 2020, pelo Governo Federal, que vedou qualquer reajuste em vencimentos ou benefícios de funcionários públicos até o dia 31 de dezembro de 2021.

Edição: Lia Bianchini