QUEM MANDOU MATAR?

Perto do quarto aniversário do crime, caso Marielle chega ao quinto delegado no Rio

Instituto que leva o nome da vereadora assassinada em 2018 diz ver com preocupação “mais uma troca” de responsável

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Dois policiais foram presos, mas até hoje não se sabe quem é o mandante do assassinato de Marielle Franco - Daniel Ramalho / AFP

A pouco mais de um mês de se completarem quatro anos da morte da vereadora Marielle Franco (Psol) e do motorista Anderson Gomes, a investigação do caso muda novamente de mãos. Nesta semana, a Polícia Civil do Rio de Janeiro anunciou o nome de outro delegado responsável, o quinto, Alexandre Hardy. Titular da 10ª DP (Botafogo, na zona sul), ele vai substituir Edson Henrique Damasceno como titular da Delegacia de Homicídios da capital.

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“O Comitê Justiça Por Marielle vê com preocupação mais uma troca na investigação do caso, continuaremos acompanhando e pressionando por justiça e responsabilização dos culpados”, afirmou, em rede social, o Instituto Marielle Franco. A entidade lembra ainda que, nos últimos dias, houve uma terceira ameaça de morte contra a vereadora trans Benny Briolly, de Niterói. “Dessa vez, o e-mail além das ameaça à Benny cita o assassinato da Marielle Franco, que segue sem respostas”, alerta o instituto.

Marielle e Anderson foram executados na noite de 14 de março de 2018, no bairro do Estácio, região central do Rio, após participação em um evento. Um ano depois, a polícia prendeu o PM reformado Ronnie Lessa e o ex-policial Élcio de Queiroz, que seriam os autores do crime. Eles estão presos, aguardando júri popular. Mas ainda não se sabe quem mandou matar a vereadora.


Marielle Franco foi assassinada em março de 2018, no Rio de Janeiro (RJ) junto com o motorista Anderson Gomes / Mídia Ninja