Muitas famílias indígenas estavam sendo obrigadas a dormir nas ruas de Curitiba desde março de 2020, quando a Casa de Passagem Indígena foi fechada. Essa situação se agravou nos últimos meses e levou dezenas de indígenas a acamparem ao lado da sede da prefeitura, em dezembro de 2021, como forma de protesto.
Após intensa mobilização e pressão da população indígena, apoiada por movimentos populares e entidades, a Prefeitura de Curitiba disponibilizou um imóvel temporário aos indígenas que estão de passagem pela capital do Paraná.
O imóvel fica na rua Rockfeller, número 1177, no bairro Rebouças, e tem capacidade para até 200 pessoas. No documento de garantia, expedido em 23 de dezembro, a Fundação de Ação Social (FAS) informa que o imóvel "conta com banheiros, cozinha e outros espaços que permitem o acolhimento" e "foi equipado com os insumos necessários à sobrevivência das famílias, sendo: água potável, colchões, alimentos, geladeira, fogão, berços, chuveiros, brinquedos, roupas e outros itens."
A Fundação ainda afirma não se responsabilizar pela gestão e organização do imóvel, "tampouco por qualquer ato, fato ou situação que venha ocorrer nas suas dependências."
Participaram da reunião que formalizou a garantia representantes da FAS, a Procuradora Geral do Município de Curitiba, Dra. Vanessa Volpi Bellegard Palacios, o Procurador Miguel Kalabaide, representantes do Ministério Publico do Estado do Paraná, e os Promotores de Justiça Dr. Olympio de Sá Sotto Maior Neto e Dr. Odone Serrano Junior.
Edição: Lia Bianchini