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"O território faz parte da nossa sobrevivência", expõe ativista indígena

Para Márcia Kambeba, os povos originários seguem mostrando sua força, sem recuarem, diante do atual governo

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De segunda a sexta, sempre às 19h45
De segunda a sexta, sempre às 19h45 - APIB
Hoje, os ataques aos nossos territórios são as principais ameaças para nós, indígenas.

O avanço do Projeto de Lei (PL) 490, que altera a legislação da demarcação de terras indígenas; a invasão de grileiros e latifundiários em comunidades demarcadas; fome e desnutrição infantil em aldeias; descaso com a saúde indígena: essas e outras questões são respondidas na edição de hoje (15) do Programa Central do Brasil. A ativista indígena Márcia Kambeba participa do Entrevista Central e denuncia que os ataques contra os povos originários se intensificaram durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL).

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::Entenda o marco temporal e saiba como ele atinge os povos indígenas do Brasil::

"Nós temos solidariedade e coletividade. Sempre estivemos mobilizados na resistência contra os ataques. Pegamos balas de borracha juntos e spray de pimenta juntos para mostrar que ocupamos nosso espaço e ninguém vai nos tirar até que o governo resolva as nossas questões", expõe.

A escalada de violência contra indígenas aumentou em 2021, em relação ao ano de 2020. De acordo com dados divulgados pelo Centro de Documentação da Comissão Pastoral da Terra (Cedoc/CPT), as maiores vítimas de mortes em conflitos por terras foram os indígenas, que representam 101 (pelo menos 45 crianças) dos 103 óbitos. Para Kambeba, a falta de políticas públicas nas comunidades e desmatamento são dois dos fatores que ameaçam a vida dos indígenas no atual governo.

::Após 10 meses, governo Bolsonaro vacinou apenas 44% dos indígenas contra covid::

"O Marco Temporal vai nos tirar os rios, a mata e a paz que temos nas nossas aldeias. Nossa história não começa em 1988", afirma.

A ativista também relembra as mobilizações que os povos indígenas travaram em Brasília neste ano de 2021 com os diversos acampamentos de resistência como o Levante Pela Terra e Luta Pela Vida.

"Precisamos entender que todas as questões do meio ambiente como o desmatamento, queimadas e mineração, impactam não só nós, povos originários, mas também o resto da sociedade. Nós temos uma relação de dependência da natureza, precisamos cuidar da nossa casa comum", pontua.

E tem mais!

O quadro Nacional aborda as questões que levaram o Brasil a ficar em último colocado em ranking mundial de política antidrogas. No Embarque Imediato, Sonia Coelho, da Sempreviva Organização Feminista (SOF), comenta o corte de 33% no orçamento do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos para 2022. E a Parada Cultural indica o livro "Minha raiva com uma poesia que só piora", da poeta Carola Braga.

Sintonize

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Quem está fora de São Paulo, pode sintonizar a TVT com a parabólica, via satélite. É necessário direcionar a antena para StarOne C3 Freq: 3973 Mhz Pol: Vertical, DVB-s2; SR: 5000 FEC ¾. Confira mais informações neste link.

Dados da menor estação receptora

Antena: Embrasat modelo RTM 2200Std
Focal-Point
Diametro 2,2m
Ganho de recepção no centro do Feixe (Dbi) 37,5
G/T da estação (dB/K) 18,4

 

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Edição: Raquel Setz