Rio Grande do Sul

Pandemia

Live debate invisibilidade da população vivendo com sequelas da covid-19

Com mediação do vereador Leonel Radde (PT), debate contará com depoimentos de dois sobreviventes

Brasil de Fato | Porto Alegre |
O Brasil registra até o momento 22.200.953 pessoas já infectadas com o novo coronavírus e 616.878 óbitos. No RS são 1.498.999 casos e 36.297 vidas perdidas - Barbara Gindl / APA / AFP

Quais os desafios da gestão pública para lidar com tais situações e como podemos aperfeiçoar nossas políticas públicas? O que a sociedade pode contribuir pra combater a covid-19 e dar visibilidade pra essa população que vivem com as sequelas? Essas são algumas perguntas que a live sobre invisibilidade da população vivendo com sequelas da covid-19 abordará, nesta terça-feira (14), a partir das 20h30. 

Com mediação do vereador Leonel Radde (PT), debate contará com depoimentos de Douglas Marques e Cláudio Augustin, presidente do Conselho Estadual de Saúde (CES/RS), dois sobreviventes da covid-19 que estiveram internados e conhecem bem as sequelas graves da doença. E também terá a participação da presidente da Associação de Vítimas e Familiares de Vítimas da Covid-19 (AVICO), Paola Falceta. 

Conforme explica Paola, a ideia do debate surgiu após a convivência com Cláudio Augustin. Tanto Paola quanto Cláudio fazem parte do Comitê de defesa dos sobreviventes com sequela da covid-19. “Estamos fazendo uma luta bastante aguerrida no RS nesse sentido, de debater esse tema com a sociedade”, aponta. 

O Brasil registra até o momento 22.200.953 pessoas já infectadas com o novo coronavírus e 616.878 óbitos. No RS são 1.498.999 casos e 36.297 vidas perdidas. 

Em relação a pessoas vivendo com as sequelas da doença no RS, Paola aponta que a fala oficial do Executivo estadual é de que haja 1,5 milhão de gaúchos. Contudo, segundo complementa a presidente, há dados de subnotificação de 30% a mais de pessoas. “Além disso o estado e o município oferecem serviço de saúde insuficiente pra essa população. O que era sucateado e insuficiente antes da pandemia, só piorou com a covid-19. E como não tem monitoramento das pessoas que vivem com sequelas não conseguimos saber exatamente quantas existem. E é nessa falta de dados que reside a invisibilidade dessa população”, enfatiza. 

Segundo matéria publicada pela Rede Brasil Atual, em outubro deste ano, sequelas da covid-19 devem afetar mais da metade dos ‘curados’ da doença. De acordo com a neurocientista, pesquisadora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e coordenadora da Rede Análise COVID-19, Mellanie Fontes-Dutra, os sintomas da covid não são “algo trivial” e causam de fato impactos na vida das pessoas.

Conforme apontou a reportagem, foram observadas sequelas da covid graves como distúrbios cardíacos, dermatológicos, de garganta, dermatológicos, perda de massa cinzenta no cérebro, entre outros. “E as consequências disso, além de afetar a qualidade de vida das pessoas após a recuperação da infecção? Esses efeitos de longo prazo ocorrem em uma escala que pode sobrecarregar a capacidade existente de assistência à saúde, particularmente em países de baixa e média renda”, expôs Mellanie. 

A live pode ser acompanhada pelo Youtube da AVICO e Facebook


Debate acontece nesta terça-feira (14) / Divulgação


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Edição: Katia Marko