Paraná

Luta por direitos

Professores e funcionários de escola do Paraná entram em greve na segunda (13)

Paralisação é contra o reajuste de apenas 3% proposto pelo governo estadual

via Porém.net |
"É pela nossa carreira e pelo nosso futuro", disse Walkiria Mazeto, nova presidenta da APP-Sindicato - Foto: APP-Sindicato

A Assembleia Estadual da APP-Sindicato aprovou greve de três dias, iniciando segunda (13), e indo até quarta-feira (15), realizando paralisação e vigília no Centro Cívico, durante a votação da Data-Base e do PLC 12. O projeto tramita em regime de urgência na Assembleia Legislativa e pode acabar com a carreira do magistério.

O movimento foi aprovado porque a proposta do Governo do Paraná achata as carreiras e corta auxílio transporte e adicional noturno. O governo inclui na conta gratificação como salário, mas não deixa claro quem será beneficiado e como. Para os educadores, a proposta de reajuste de 3% é referente a negociações passadas.

"Nós precisamos juntar forças e fazer essa luta, mesmo com as dificuldades do final de ano. É pela nossa carreira e pelo nosso futuro. Eles contam com o nosso cansaço. Nós contamos com cada um de vocês”, sintetizou Walkiria Mazeto, nova presidenta da APP, empossada no dia 7.

Durante a vigília, que se soma aos atos do Fórum de Entidades Sindicais (FES) pela Data-Base, os trabalhadores estarão em Assembleia permanente. Isso significa que a instância máxima de deliberação da categoria pode ser convocada a qualquer momento. A categoria solicita o pagamento do índice de revisão geral anual previsto na Lei 18.493, de 24 de junho de 2015, no valor de 6,39%.

O projeto do governo estadual é criticado pela oposição. Na avaliação do deputado estadual Tadeu Veneri (PT), a proposta do governo estadual, que tramita em regime de urgência, desmonta o plano de carreira do magistério da rede pública estadual. “Nós apresentamos voto em separado porque ao ler o projeto com o intuito de entender exatamente qual é o objetivo do governo, nós verificamos que ele destrói o plano de carreira assegurado pela lei 103/2004", explicou.

Para o deputado estadual Professor Lemos (PT), o PLC representa a destruição da carreira dos professores. “O artigo 12 do projeto revoga o artigo 6º da Lei Complementar 103/2004, do plano de carreira dos professores, que estabelece os níveis, interníveis, classes, ou seja, a forma como o professor evolui na carreira, passando de um nível para outro, de uma classe para outra. O projeto prevê que ficará a cargo do governador fazer o decreto, no momento que quiser, escrevendo a tabela salarial que quiser. É a destruição total da carreira dos professores”, afirma.

Edição: Lia Bianchini