Paraná

Por dignidade

Buscando sistema humanizado, familiares de presos fazem ato em Curitiba

Manifestantes denunciam problemas em visitas presenciais e entrega de sacolas

Curitiba (PR) |
Ato aconteceu nesta quinta (02), em frente à Secretaria de Segurança Pública - Foto: Giorgia Prates

Nesta quinta (02), familiares de pessoas privadas de liberdade fizeram um ato em frente à Secretaria de Segurança Pública, no Centro Cívico de Curitiba. As manifestantes reivindicavam um "sistema humanizado" e respeito a condições dignas para visitarem seus familiares presos.

Depois de um longo período apenas com visitas virtuais - em decorrência da covid-19 -, as visitas presenciais voltaram a acontecer em novembro, no Paraná. No entanto, familiares relatam problemas recorrentes.


Ato aconteceu nesta quinta (02), em frente à Secretaria de Segurança Pública / Foto: Giorgia Prates

O tempo de visita não estaria sendo respeitado. As manifestantes contam de casos em que o encontro com o familiar durou cerca de 20 minutos, quando deveria durar uma hora. "Tem muitas mulheres que não são daqui, são de fora, viajam de longe, pra não ficar nem uma hora. É injustiça", disse uma das mulheres* da manifestação.

Elas reclamam ainda da proibição de entregar pessoalmente sacolas com materiais autorizados. Desde o início da pandemia, a orientação é para que o envio seja feito pelos Correios. "Tem muitas pessoas que estão desempregadas e não têm condições de pagar Sedex. A gente já gasta muito com o mercado e ainda tem que gastar com o Sedex, fica muito caro", afirmou uma manifestante.


Manifestantes se concentraram em frente à Secretaria de Segurança Pública / Foto: Giorgia Prates

Há ainda a reivindicação para que crianças e adolescentes possam fazer visitas. Também como medida de segurança contra a covid-19, menores de 18 anos estão proibidos de comparecer presencialmente às penitenciárias, até janeiro de 2022.

O ato foi convocado pela Frente Estadual e aconteceu também em Londrina, Maringá e Foz do Iguaçu.

A reportagem do Brasil de Fato Paraná entrou em contato com o Departamento Penitenciário do Paraná (Depen) pedindo um posicionamento frente às reivindicações das manifestantes. Até o fechamento desta reportagem, não houve resposta.

*As familiares ouvidas preferiram não expor seus nomes.

Edição: Lia Bianchini