Paraná

Funcionalismo

"Pagamento da data-base é urgente", afirmam servidores de Curitiba, em manifestação

Ato aconteceu nesta segunda (22), no Centro da capital

Curitiba (PR) |
Servidores caminharam da Praça Tiradentes até o Palácio Iguaçu - Foto: APP-Sindicato

O sol de quase 30º C não intimidou as centenas de educadores, educadoras, servidores e servidoras que saíram às ruas de Curitiba para exigir a reposição das perdas acumuladas em seis anos de salários congelados. O ato aconteceu nesta segunda (22) e contou com trabalhadores da educação da capital e do interior do Paraná.

Organizada pelo Fórum de Entidades Sindicais (FES) e a União das Forças de Segurança (UFS), a manifestação começou na Praça Tiradentes e parou o trânsito em caminhada até o Palácio Iguaçu."O funcionalismo não aceitará migalhas: o pagamento da data-base é urgente", afirmavam os servidores.


Servidores pedem pagamento da data-base / APP-Sindicato

“Não estamos pedindo aumento. Estamos pedindo a correção da inflação, que é o que a Constituição e a Lei da Data-Base nos garantem”, explicou Hermes Leão, presidente da APP-Sindicato, que representa a categoria.  “Sem a reposição, nossas perdas podem chegar a 38% em maio do próximo ano. É inaceitável”, complementou.

O funcionalismo contesta os números da situação fiscal do estado apresentados pelo governo Ratinho Junior (PSD). De acordo com a equipe econômica do FES, a perspectiva é que a receita atinja R$ 53,4 bilhões, com um superávit de quase R$ 5 bilhões. “A reposição é um direito nosso. Não estamos pedindo um favor. Mas é preciso pressionar e disputar o orçamento”, avaliou Ricardo Miranda, um dos coordenadores do FES.


"Nossas perdas podem chegar a 38% em maio", explicou o presidente da APP-Sindicato / APP-Sindicato

A semana começou com a expectativa do envio de um Projeto de Lei à Assembleia Legislativa do Paraná com proposta de reposição, de acordo com entrevista de Ratinho Jr. à CBN. No entanto, os servidores afirmam que não houve diálogo com a categoria sobre o ajuste.

“Este governador, antes de sentar no seu gabinete, sentou com os servidores para se fazer de bom moço. Agora não se digna nem a mandar um assessor para conversar conosco. Ano que vem, quando vier nos procurar por causa das eleições, vamos dizer um grande não. Um grande fora Ratinho!”, concluiu Nádia Brixner, secretária de Funcionários(as) da APP.

Edição: Lia Bianchini