Paraná

Sicupira

Coluna do Athletico | Adeus ao ídolo

Furacão se despediu de seu maior artilheiro, Barcímio Sicupira, no domingo (7)

Curitiba (PR) |
Sicupira foi um dos raros ídolos que rompeu as barreiras da rivalidade - Foto: Divulgação

O último domingo, 7 de novembro, ficará marcado na história do Furacão pela despedida final de seu maior artilheiro, Barcímio Sicupira. Aos 77 anos, o craque da camisa 8 faleceu por complicações ocasionadas por uma cirurgia no pulmão. Sicupira jogou pelo Athletico ao longo de oito anos, entre 1968 e 1976, tendo balançado as redes 158 vezes. Além do rubro-negro, jogou também pelo Ferroviário, Botafogo (RJ), Botafogo (SP) e Corinthians.

O período em que atuou pelo Furacão não foi dos melhores. Foram longas temporadas amargando quedas nas competições nacionais e estaduais. Depois de um jejum de 12 anos sem levantar nenhum troféu, o tão aguardado título do Campeonato Paranaense foi conquistado em 1970, com o mitológico Sicupira artilheiro.

Hoje pode parecer pouco, mas é importante ressaltar que a realidade dos clubes paranaenses era completamente diferente naqueles tempos e o título estadual tinha uma importância incomparável com o contexto atual. Sua aposentadoria veio cedo, aos 31 anos.

Em seguida, tornou-se uma das mais importantes vozes do jornalismo esportivo da capital. Nunca vi Sicupira jogar, e hoje não são muitos os torcedores que puderam assistir ao lendário gol de bicicleta na estreia contra o São Paulo. Minhas memórias estão mais relacionadas ao Barcímio comentarista esportivo, e sempre admirei sua inteligência e capacidade de analisar o futebol sem se deixar levar pelo sensacionalismo do meio.

Sua morte foi sentida não apenas pelos torcedores do Furacão. Sicupira foi um dos raros ídolos que rompeu as barreiras da rivalidade, e não são poucos os fãs do excelente profissional e ser humano que nos deixou neste triste ano de 2021. A torcida ainda poderá homenagear seu ídolo em um jogo histórico, com a Arena lotada para a final, concluindo gloriosamente o mito heroico.

Edição: Lia Bianchini