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Alívio

Paraná tem média histórica de chuvas em outubro

Índice ajuda a aumentar níveis de reservatórios de água. Ainda assim, rodízio continua em algumas cidades

Curitiba (PR) |
Índice foi maior nas faixas Oeste, Norte e Centro do Paraná - Foto: Geraldo Bubniak/AEN

Pela segunda vez ao longo do ano choveu mais do que a média histórica no Paraná em um mês, colaborando para amenizar a crise hídrica que acompanha o estado desde o ano passado.

Um levantamento realizado pelo Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) mostrou que a chuva acumulada de outubro em dez cidades de diferentes regiões do estado foi 3.006,8 milímetros (mm), ante uma expectativa de 1.892 mm. Ou seja, cerca de 59% acima do esperado para o período.

O monitoramento foi feito em Guaratuba, Curitiba, Guarapuava, Londrina, Maringá, Francisco Beltrão, Paranavaí, Cornélio Procópio, Cascavel e Foz do Iguaçu.

Até então, apenas em janeiro a marca histórica conseguiu ser superada em 2021. Na ocasião, o índice foi 67% superior à média – no primeiro mês choveu 343,5 mm, contra um histórico de 205,7 mm.

Agora, em outubro, as cidades com maior volume de chuvas foram Cascavel, com 455,4 mm, e Maringá, com 429 mm, que apresentou o maior acumulado desde 1998, quando o monitoramento começou a ser feito pelo Simepar. Cornélio Procópio, por sua vez, teve o maior índice desde 2018, com 251,6 mm.

"As chuvas foram bastante significativas em outubro, especialmente nas faixas Oeste, Norte e Centro do estado. Essas precipitações impediram também que a temperatura se elevasse tanto, ficando abaixo da média para o mês”, explicou a meteorologista do Simepar, Lídia Mota.

Capital

Em Curitiba também choveu mais do que o esperado: 161,2 mm, ante uma média de 150 mm (7,5%) para o mês. A água a mais ajuda a aumentar os níveis das barragens que abastecem a população da Região Metropolitana de Curitiba (RMC).

Em rodízio no fornecimento desde 2020, o modelo em vigor atualmente é de 36 horas com água e interrupção também de 36 horas. Segundo a Sanepar, a estratégia seguirá pelo menos até 14 de novembro.

Ainda de acordo com a companhia, o atual índice das barragens é de 62,33%, composto pela média do Iraí (50,6%), Passaúna (64,92%), Piraquara 1 (75,20%) e Piraquara 2 (75,07%).

Edição: Lia Bianchini