Paraná

Dia dos Professores

Luta e resistência marcam a história dos professores e professoras do Paraná

Tema foi debatido no Programa Quarta Sindical, uma parceria entre o Brasil de Fato Paraná e a CUT PR

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Valorização dos professores foi tema do debate promovido pelo Quarta Sindical, programa realizado pelo Brasil de Fato PR e CUT PR. - Divulgação

As principais lutas para valorização da carreira dos professores e professoras e o que é preciso, além do discurso, para valorizar esta categoria fundamental para o desenvolvimento do Brasil. Esta foi a pauta principal do Quarta Sindical desta semana que recebeu o presidente da APP-Sindicato, Hermes Leão e a presidenta do Núcleo Sul da APP, Natália Silva.

O presidente da APP-Sindicato traçou um histórico dos ataques, pressões e desvalorização dos profissionais da educação. “Temos uma resistencia desde o Governo do Beto Richa. A sociedade paranaense acompanhou a violência do dia 29 de abril de 2015. Ela vai se aprofundando e se estende para violência do cotidiano das escolas. Também para aposentados e aposentadas que vivem em uma tensão constante pelos ataques ao conjunto de direitos. Isso, inclusive na aposentadoria e no direito à reposição salarial que está congelado”, apontou.

“Quero chamar a atenção para que esse período de 2015, passando pelo golpe de estado em 2016, com um governo ilegítimo de Michel Temer, começam os ataques, com a reforma do ensino médio, congelamento dos investimentos nas áreas sociais, inclusive da educação. Há também o debate ideológico a partir do que se chamou de escola sem partido. Professoras e professores foram colocados como uma categoria que faz um desserviço ao desenvolvimento do País. Isso é muito cruel e reflete o aprofundamento do assédio, passando pelo patronato, mas passa também pela sociedade, fazendo com que alunos vejam os professores com desconfiança, como inimigos que precisam ser vigiados e cuidados”, completou.

A presidenta do Núcleo Sul da APP-Sindicato, Natália Silva, reforçou o sentimento de Hermes Leão e criticou duramente a gestão do Governo Federal. “É uma gestão que vem na contramão da academia. Quem sabe o nome do ministro da educação? Mesmo os professores, muitos não sabem. De onde sai o projeto de educação? No MEC e na Ciência e Tecnologia. Nem escutamos o nome deste ministro. Começa por ai”, criticou. 

Ainda de acordo com Natália, o projeto de educação de Jair Bolsonaro caracteriza-se pela destruição do que existe e pela ignorância. Contudo, esta postura acaba tendo reflexos diretos nas secretarias estaduais de educação. “É um projeto que acaba com a política pública, não tem educação pública. Essa política acaba tendo reflexo direto nos estados, como é o caso do governador Ratinho Júnior, que desconhece o papel do estado, da educação. Coloca um empresário para gerenciar uma empresa. Para eles, a educação deve dar lucro. Educação é investimento, não gera gasto. A escola pública não tem que dar lucro ou fazer competição. É um investimento no ser humano”, enfatizou.

Confira neste programa também os principais desafios enfrentados pela categoria, mais ataques do governo Bolsonaro aos professores e à educação, os reflexos da pandemia para a categoria e muito mais. Para assistir o programa na íntegra, clique aqui

Edição: Ana Carolina Caldas