Paraná

EDITORIAL 232 PARANÁ

EDITORIAL. As empresas da comunicação controlam nossa vida

Bolsonaro sobrevive disso: das notícias falsas (fake news) espalhadas por esses aplicativos

Curitiba (PR) |
No aniversário de independência dos EUA, 4 de julho, Zuckerberg publicou vídeo com a bandeira do país. - Reprodução redes sociais de Mark Zuckerberg

Nesta semana, vimos um apagão de aplicativos de empresas pertencentes ao megaempresário estadunidense Mark Zuckerberg. Por seis horas, Facebook, Instagram e Whatsapp não funcionaram, revelando a dependência dessas ferramentas virtuais para o trabalho e para o dia a dia.

Esses serviços são oferecidos por empresas gigantes, que lucram com publicidade e com venda de banco de dados. Podem hoje, em vários países, inclusive, derrubar ou eleger governos.

Os fatos nos fazem recordar – como disseram milhares de mensagens na internet -, que o presidente Jair Bolsonaro não teria vencido as eleições de 2018 sem uma tecnologia de disparos em massa via Whatsapp. Ele sobrevive disso: das notícias falsas (fake news) espalhadas por esses aplicativos.

No Brasil, em especial, há mais de 120 milhões de contas do “zap”. É óbvio que tratam-se de tecnologias importantes, a questão é como regulamentá-las e saber usá-las de forma crítica, levando conteúdo informativo e contextualizado à população.

Às organizações populares cabe usar esses canais de modo informativo, buscando também criar alternativas, casadas com outras ações: nas ruas, nos jornais impressos, nos espaços coletivos de formação e educação popular, que também são indispensáveis na guerra contra as mentiras do governo Bolsonaro.

Edição: Pedro Carrano