Paraná

Edição 228

Editorial | Organização popular para tirar Bolsonaro do poder

Não são maioria. O que não quer dizer que não sejam perigosos. Há sim risco de golpe contra as instituições

Curitiba (PR) |
É preciso uma maioria organizada para retirar o pior presidente da História deste país do poder e construir uma alternativa popular - Evaristo Sa / AFP

Os dias recentes são marcados por atos, ameaças à democracia, por parte do governo, posicionamentos de vários setores da sociedade e muitas análises. A maioria delas coincide que o 7 de setembro significa um novo momento na luta entre Bolsonaro e os setores populares e de oposição.

De fato, o presidente autoritário ainda não avançou para uma destruição dos outros poderes, porém mostra que possui uma base ativa e conservadora na sociedade. Não são maioria. O que não quer dizer que não sejam perigosos. Há sim risco de golpe contra as instituições. Há risco de a situação inclusive sair do controle inclusive para o governo, dado o número de denúncias e pressão contra Bolsonaro e a confusão de sua base própria base de apoio, com o ensaio da greve dos caminhoneiros que agora tentam abafar.

Com isso, não cabe a expectativa de que tudo será adiado para as eleições de 2022. É preciso desde já avançar na organização popular e na denúncia do governo. Urge o diálogo com a juventude, que não se vê representada pela falta de políticas públicas de Bolsonaro, dialogar também com os trabalhadores desempregados e precarizados, com os operários da indústria, cada vez mais reduzida, com as mães trabalhadoras presentes em cada área de ocupação. De casa em casa. É preciso uma maioria organizada para retirar o pior presidente da História deste país do poder e construir uma alternativa popular.

Edição: Frédi Vasconcelos