Na tarde do 7 de Setembro, muitos jovens, torcidas organizadas antifascistas de times da capital, centrais sindicais, sindicatos, movimentos sociais, entre eles de luta por moradia e que defendem a população em situação de rua, tomaram o centro de Curitiba para gritar “Fora Bolsonaro”. No mesmo horário em que o presidente voltava a ameaçar a democracia em ato de seus apoiadores em São Paulo.
Além da queda do presidente, os manifestantes, que se reuniram na praça Santos Andrade e seguiram em passeata até a Boca Maldita no final da tarde, também cobraram a falta de ação dos governos na pandemia, que levou a centenas de milhares de mortes evitáveis, a responsabilidade pela crise econômica e pediram a manutenção da democracia, mais empregos e renda. Temas “esquecidos” pelo presidente em seu discurso na capital paulista, centrado na ameaçada de desobediência e ataques a ministros do Supremo Tribunal Federal.
Em suas redes sociais, a presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, comentou: “Até agora, os atos de Bolsonaro estão aquém do esforço empreendido e do dinheiro obscuro utilizado. São atos deles, para eles, que demonstram pavor do chefe com inquérito que o envolve no Supremo. A maioria do povo, que sofre com a crise, foi esquecida por eles e também os ignorou nesse dia.”
Manifestação em Londrina
Como parte das atividades do 27° Grito dos Excluídos, foi realizada na manhã do 7 de setembro ação de solidariedade no Jd. União da Vitória, Zona Sul de Londrina. Foram distribuídos 200 kits de alimentos com 15 kg de tubérculos, legumes e frutas, além de verduras e temperos e 200 litros leites, e mais 200 cestas básicas que foram doadas pela Igreja Católica.
Solidariedade em aldeia Guarani
O 7 de Setembro também foi marcado por solidariedade na Aldeia Ocoy, Reserva Indígena Guarani situada no município de São Miguel do Iguaçu, região Oeste do Paraná. Capitaneado pelo economista e escritor Eduardo Moreira, a comunidade recebeu 3,5 toneladas de alimentos, distribuídos em 210 cestas básicas. A ação foi resultado de uma live promovida por Eduardo no último dia 18 de agosto com objetivo de angariar recursos diante das dificuldades enfrentadas pelo povo Avá-Guarani que vive às margens do Lago de Itaipu.
Outras manifestações
Mais de 300 mil pessoas protestaram em cerca de 200 municípios em território nacional e no exterior, conforme estimativa da Campanha Nacional "Fora Bolsonaro", que reúne mais de 80 entidades que convocam manifestações desde maio deste ano. Em parte dos municípios, as manifestações se uniram ao Grito dos Excluídos e das Excluídas, que denuncia os problemas sociais brasileiros. Os protestos pelo "Fora Bolsonaro" são convocados pela Campanha Nacional Fora Bolsonaro, composta pelas frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular, além de partidos políticos, centrais sindicais e movimentos populares.
Edição: Frédi Vasconcelos