Rio Grande do Sul

Saúde Mental

"Antes, durante e após a pandemia, a Psicologia seguirá transformando vidas", diz CRPRS

No Dia da/o Psicóloga/o, Conselho Regional da profissão destaca o papel da categoria durante a pandemia

Brasil de Fato | Porto Alegre |
"A Psicologia foi convocada, desde o início da pandemia, a atuar nessa dura realidade, contribuindo para transformar vidas e diminuir sofrimento", afirma presidenta do Conselho - Foto: Artur Moês - Coordcom/UFRJ

Nesta sexta-feira (27) é celebrado o dia Dia da/o Psicóloga/o, categoria profissional que durante a pandemia tem um importante trabalho na linha de frente, acolhendo pacientes ou familiares que perderam um ente querido. Responsáveis pelo processo de escuta, os profissionais da psicologia são peças-chave para trazer acalento frente às perdas deixadas pelo novo coronavírus.

Para ressaltar a importância do trabalho desses profissionais, o Conselho Regional de Psicologia do Rio Grande do Sul (CRPRS) reforça que a necessidade de um cuidado com a saúde mental da população deverá seguir a longo prazo.

"Antes, durante e após a pandemia, a Psicologia seguirá trabalhando de forma a contemplar a diversidade e a inclusão, estando a serviço de todas/os/es, sem restrição, sempre transformando vidas. Neste ano, no dia da/o psicóloga/o, o CRPRS lançou a campanha ‘Trilhas da Psicologia: múltiplas práticas pela vida’. Convidamos todas, todas e todes a saber mais sobre nossa profissão”, ressalta Ana Luiza de Souza Castro, conselheira presidenta do CRPRS. 

É sabido os efeitos da pandemia na vida, rotina, impactos sociais e econômicos. Um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) enfatiza os impactos da covid-19 na saúde mental. Aponta que todas as pessoas foram afetadas de alguma forma.

A organização destaca que "não é apenas o contágio ou o medo de ser contaminado que afetaram a saúde mental da população", mas também "o estresse provocado pelas desigualdades socioeconômicas e os efeitos das quarentenas, do confinamento, do fechamento de escolas e locais de trabalho, que tiveram consequências enormes". Ainda, segundo a OMS, a saúde mental e o bem-estar devem ser entendidos como direitos humanos fundamentais. 

Conforme destaca o CRPRS, privilégios e desigualdades sociais foram evidenciados ou se agravaram com o aumento da pobreza, da violência contra algumas populações e do desemprego. “Ressalta-se aqui que as pessoas mais atingidas foram as negras, pobres, LGBTQIA+ e com deficiência. A Psicologia foi convocada, desde o início da pandemia, a atuar nessa dura realidade, contribuindo para transformar vidas e diminuir sofrimentos. Houve um reconhecimento da/o profissional da Psicologia e da ciência psicológica como necessários ao enfrentamento da crise”, frisa a entidade. 

Conforme afirma Ana Luiza, a profissão segue, agora, trabalhando com as consequências dessa emergência sanitária, lidando com a superação de desigualdades, com o luto e com sequelas emocionais. “Essa atuação se dá em múltiplos contextos: na clínica privada, nas organizações, nas emergências hospitalares, nas escolas, na saúde pública, no sistema prisional, na política de assistência social e em outros contextos das políticas públicas”, exemplifica.

“Além disso, é importante destacar a necessidade de reinvenção da profissão com a pandemia. Profissionais, em seus diferentes âmbitos, tiveram que adaptar seus fazeres e o atendimento on-line passou a ser uma realidade para a maioria das/os psicólogas/os”, complementa. 

*Com informações do CRPRS.


:: Clique aqui para receber notícias do Brasil de Fato RS no seu Whatsapp ::

SEJA UM AMIGO DO BRASIL DE FATO RS

Você já percebeu que o Brasil de Fato RS disponibiliza todas as notícias gratuitamente? Não cobramos nenhum tipo de assinatura de nossos leitores, pois compreendemos que a democratização dos meios de comunicação é fundamental para uma sociedade mais justa.

Precisamos do seu apoio para seguir adiante com o debate de ideias, clique aqui e contribua.

Edição: Marcelo Ferreira