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Milhões para Messi e estrelas, as exceções no futebol

No Brasil, 55% dos jogadores profissionais ganham menos de 1 salário mínimo

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Estrelas, com salários milionários, são exceção no futebol - Divulgação

Leonel Messi foi mandado embora do Barcelona há poucos dias porque o clube não conseguiu pagar seus salários por conta do “fair play” financeiro da liga espanhola. No Paris Saint Germain, especula-se que receberá cerca de metade do que ganharia no clube catalão, 35 milhões de euros, ou mais de 213 milhões de reais por ano. 

Aqui no Brasil, jogadores como Dudu (Palmeiras), Gabigol (Flamengo), Douglas Costa (Grêmio) e Daniel Alves (São Paulo) têm salários acima de 1,5 milhão de reais/mês. Outros, como Hulk (Atlético-MG) e o possível contratado pelo time mineiro Diego Costa, também passam da casa do R$ 1 milhão/mês. Não à toa, esses times, com exceção do Grêmio, estão nas fases decisivas da Libertadores e da Copa do Brasil.

O problema é o outro lado. Mesmo nesses times de elite há jogadores com salários muito baixos e profissionais que trabalham e recebem muito pouco, quando recebem... Se é assim na elite, o outro lado do mundo da bola é muito mais cruel. Pesquisa citada em artigo por Pedro Silva, do Brasil de Fato Ceará, mostra que “cerca de 88 mil jogadores profissionais do país (55%) recebem aproximadamente um salário mínimo, segundo pesquisa da plataforma Cupom Válido. E apenas 0,1%, como os jogadores citados acima, mais de R$ 500 mil por mês. 

E a diferença (e a injustiça) só tende a aumentar. Umas das principais fontes de receitas dos clubes, atualmente, é com a premiação dos campeonatos. Na Libertadores, o campeão pode levar até 120 milhões de reais, pela cotação atual. Na Copa do Brasil, quem ganhar também passa dos R$ 70 milhões. E, não à toa, Flamengo, Palmeiras e Atlético-MG, os três entre as maiores folhas salariais do Brasil, têm chance de serem campeões e aumentarem ainda mais o fosso no futebol. O risco, por outro lado, é gastar demais e não ganhar. Daí a conta vem pesada. 

Edição: Pedro Carrano