De um encontro num evento sobre direitos humanos em Curitiba, a jornalista Cassiana Pizaia, a psicóloga Rima Awada e a bibliotecária Rosi Vilas Boas se uniram para criar a Coleção infanto-juvenil “Mundo sem Fronteiras” e trazer à tona o tema de crianças refugiadas. Com emocionantes histórias protagonizadas por jovens, a coleção tem o propósito de expandir o universo dos leitores, permitindo que conheçam outras realidades e desenvolvam empatia. O livro “Layla, a Menina Síria”, a primeira obra dessa coleção, chegou a mais de 130 mil crianças e jovens de escolas públicas pelo Programa Nacional do Livro e Material Didático.
“Laila” é um mergulho na maior crise imigratória do século 21 pelos olhos e sentimentos de uma menina síria, que viu seu país se transformar num campo de guerra. Segundo a autora do livro, Rima Zahra, o foco foi desmistificar os preconceitos em relação a migrantes refugiados. “Realizamos conversas e pesquisas e descobrimos pessoas com histórias inspiradoras, de muita coragem e resiliência. Mas, infelizmente, ainda existe uma narrativa global que retrata pessoas refugiadas e migrantes como problemas e ameaças à segurança nacional, ordem social e herança cultural. São narrativas que causam o fortalecimento de fronteiras e promovem respostas hostis. “São muitos mitos em torno dessa população fragilizada que chega aqui em busca de um recomeço”, conta Rima.
Na história baseada em fatos e experiências reais, Layla leva os leitores pelas ruas de pedra de Alepo, na Síria, revelando um mundo de cores, sabores e culturas que encantam. E segue sua trajetória por caminhos, fronteiras, mares e desertos em busca de paz e esperança em um novo país, o Brasil. Para aquisição, está disponível na loja virtual da Editora do Brasil e à venda em diversas livrarias.
Edição: Lia Bianchini