Paraná

Edição 214

Editorial | O povo nas ruas, nosso artilheiro

Quando o governo é mais perigoso que o vírus, apenas a resposta do povo pode virar o jogo

Curitiba (PR) |
Editorial da edição 214 do Brasil de Fato Paraná - Foto: Giorgia Prates

Mesmo com a pandemia do coronavírus, centenas de milhares de brasileiros tomaram as ruas para se opor à política irracional de Bolsonaro. A conclusão de quem estava na rua: quando o governo é mais perigoso que o vírus, apenas a resposta do povo pode virar o jogo.

Os primeiros sinais de derrota bolsonarista, nessa partida, foram dados pela brutal repressão em capitais, como no Recife. Em outras, houve prisão de manifestantes que exercitavam sua liberdade de expressão. Foi o que ocorreu, dois dias após, em Goiânia. Nesses casos, a revisão do lance deu razão ao time do povo.

Outra estratégia diversionista foi a Copa América de futebol no Brasil, após a recusa de Colômbia e Argentina. A informação foi muito mal recebida pela opinião pública e já se alcunha o evento como Cepa ou Cova América. Mais um campeonato que o bolsonarismo corre o risco de perder.

O ápice da confusão imposta pelo governo foi derrotada no vergonhoso depoimento da médica Nise Yamaguchi, na CPI da Covid. Demonstrando nada saber sobre infectologia ou saúde pública, parece ter sido expulsa sem nem ter entrado em campo.

Mas, mesmo com todas as estratégias diversionistas que o governo tentou, nada pode anular o gol de placa nas manifestações em mais de 200 cidades. O povo nas ruas é que é nosso artilheiro.

Edição: Lia Bianchini