Na sessão ordinária desta terça-feira (18), vereadores se revezaram em plenário da Câmara Municipal de Curitiba (CMC) para cobrar da prefeitura, do Governo do Paraná e do Governo Federal explicações sobre o atraso na vacinação contra a Covid-19 na capital paranaense. O debate aconteceu durante votação de indicações ao Executivo com sugestões para a retomada da economia em meio à pandemia.
O debate foi pautado por preocupações em relação à lentidão na vacinação na cidade que, conforme pontuaram vereadores como Renato Freitas (PT) e Amália Tortato (Novo), é a única garantia para que as crises sanitária e econômica sejam efetivamente sanadas.
Renato Freitas lembrou que o Governo do Paraná descartou acordo com a Rússia para viabilizar a Sputinik V. “Por que foi dificultada a aquisição de vacinas pelo governo Ratinho Junior, que em 2020 teve a oferta da Sputnik, se inclinou a comprar e por conta de orientação do governo Bolsonaro não adquiriu? Por que o trâmite e a demora da Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária] em aprovar determinadas vacinas? O que, na diplomacia brasileira, afetou na aquisição e aprovação de outras vacinas, e principalmente, aquisição de insumos para as vacinas produzidas no Brasil?”, indagou o vereador do PT.
“Se nós tivéssemos vacina para todos, se o governo [federal] não tivesse, lá atrás, recusado 11 vezes a compra de vacinas, nós não precisaríamos assistir aqui esta disputa de quem é mais prioritário do que quem”, disse Amália Tortato.
O vereador Alexandre Leprevost sugeriu aos 38 vereadores da casa a elaboração conjunta de requerimentos para questionarem as secretarias de Estado e Municipal de Saúde sobre o que está acontecendo em relação à distribuição de vacinas.
Rebatendo as críticas, o líder do governo na CMC, Pier Petruzziello (PTB), afirmou que, se a capital está atrasada, não é culpa da prefeitura, que somente organiza e aplica o plano de imunização. “É bom deixar claro que nós temos um critério de distribuição. Os números de distribuição são enviados do governo federal para o governo estadual e o governo estadual passa para o governo municipal”, disse.
Ainda conforme o vereador, é “inegável” que o governo federal falhou na aquisição dos imunizantes, “principalmente na questão da Pfizer, de não assumir e não trazer vacina para o Brasil”.
*Com informações da assessoria de imprensa da Câmara Municipal de Curitiba
Edição: Lia Bianchini