A APP-Sindicato reafirmou à Secretaria de Educação do Paraná que é contra a volta às aulas presenciais nesse momento da pandemia do coronavírus. As aulas presenciais na rede estadual de ensino estavam suspensas e o Govrnador Ratinho Jr anunciou o retorno para a próxima semana. Em reunião, nesta quarta feira, 12/05, com representantes do governo estadual, o sindicato comunicou que vai acionar judicialmente os responsáveis quando surgirem focos de contaminação nas escolas da rede pública estadual. A APP-Sindicato também reiterou que o movimento de “Greve pela Vida” que começou no dia 10 de maio está mantido.
Em um documento entregue à Secretaria Estadual de Educação, o sindicato incluiu estudo epidemiológico que demonstra a impossibilidade de volta às aulas presenciais nesse momento no Paraná. “Pontuamos os riscos do retorno das aulas presenciais (modelo híbrido) neste momento da pandemia. Defendemos o retorno presencial, mas é necessário um ambiente seguro para a categoria, estudantes e comunidade escolar. Não se pode negar os riscos da pandemia e colocar a vida de professores e funcionários de escola e estudantes em perigo. Nossa contrariedade é quanto à forma como está sendo feito este processo, pois a categoria não pode estar nas escolas presencialmente sem ter tomado as duas doses da vacina”, diz o documento.
Para os representantes da categoria dos profissionais da educação, está nítido que a Secretaria da Educação desconsidera critérios epidemiológicos na definição da volta às aulas presenciais, priorizando apenas medidas localizadas nas escolas, como distanciamento entre as pessoas e disponibilização de álcool gel.
A secretária de Finanças da APP-Sindicato, Walkiria Mazeto, alertou que o atual quadro da epidemia de Covid 19 no Paraná não permite a volta segura às aulas presenciais. “A fila de espera por leitos de UTI aumentou nessa semana em todas as regiões e algumas estão decretando lockdown durante os finais de semana”, disse. “A gente ainda não encontrou a justificativa para a volta presencial, pois não temos um quadro muito diferente de algumas semanas atrás”, completou.
Edição: Lia Bianchini