Rio de Janeiro

ECONOMIA

No RJ, comércio tem alta de inadimplência e demissão de trabalhadores

Segundo Fecomércio, apenas 13,9% dos empresários devem contratar novos empregados nos próximos meses

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Lojas centro Niterói
Redução de trabalhadores no comércio de bens, serviços e turismo do estado foi de 64,5% nos últimos três meses - Jaqueline Deister

O setor do comércio de bens, serviços e turismo reduziu 64,5% dos trabalhadores do estado do Rio de Janeiro nos últimos três meses. Os dados fazem parte de uma pesquisa da Fecomércio RJ, que entrevistou, entre os dias 1º e 4 de abril, 558 empresários.

No levantamento, 37,8% afirmam que o quadro diminuiu bastante, seguidos por 26,7% dos entrevistados que demitiram no período. Outros 32,7% afirmam que o número de empregados foi estabilizado. Apenas 2,8% disseram que houve aumento das contratações.

No estudo, 49,5% afirmam que nos próximos três meses esperam manter o número de colaboradores. O percentual de empresários que devem demitir subiu de 26,4% para 36,7%. Apenas 13,9% dos empresários devem contratar novos empregados nos próximos meses.  

Inadimplência

O índice de inadimplentes ou muito inadimplentes entre as empresas subiu de 33,9% para 47,2% em abril. Já o percentual das empresas que ficaram pouco inadimplentes caiu de 22,5% para 20%. O número de empresários que não ficaram com restrições diminuiu de 43,6% para 32,7%. Entre os que ficaram inadimplentes, os gastos são associados a fornecedor (42,8%), aluguel (42,4%) e luz (36,5%).

Leia mais: Rodoviários da região metropolitana do Rio anunciam paralisação na segunda (26)

O agravamento da pandemia tem piorado a situação de muitos negócios no estado, segundo a pesquisa. O levantamento aponta que para 51,8% dos entrevistados a situação de seus negócios se agravou bastante nos últimos três meses, percentual bem maior do que o apurado em março (23,2%).

Para 31,5% dos empresários, houve uma piora, seguidos por 11,5% que acreditam que a situação do seu empreendimento permanece igual. Apenas 3,8% afirmam que houve uma melhora e 1,4% sinalizaram uma melhora significativa.

A pesquisa também perguntou aos empresários se a situação de seus negócios piorou e se essa redução tem a ver com o agravamento da pandemia e o aumento das medidas de restrições. Para 95,7% dos empresários esse é o principal motivo. Apenas 4,3% não associam essa perda à pandemia.

Edição: Eduardo Miranda