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Fim da dança das cadeiras no futebol brasileiro?

Conselho técnico da Confederação Brasileira de Futebol limita troca de técnicos para clubes da séries A e B

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Vanderlei Luxemburgo criticou a decisão, em vídeo publicado em sua conta no Instagram. - César Greco

Entra temporada e sai temporada, e a dança de cadeiras entre técnicos e clubes no futebol brasileiro continua. Visando mudar essa alta rotatividade, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) aprovou, no último dia 24, uma alteração no regulamento para o Campeonato Brasileiro de 2021, das séries A e B. A proposta aprovada nos conselhos técnicos das competições limita, pela primeira vez, a troca de técnicos durante os torneios organizados pela entidade. 

De acordo com a nova regra, cada clube poderá demitir apenas duas vezes um treinador durante o Campeonato Brasileiro, e, a partir da segunda demissão, o cargo precisará ser ocupado por um profissional da casa, que esteja há seis meses na instituição. A nova norma também é válida para os treinadores, que poderão pedir demissão apenas uma vez do cargo. Caso haja uma segunda demissão, o técnico em questão não poderá mais assumir uma terceira equipe. 

Para o presidente da CBF, Rogério Caboclo, a medida visa incentivar uma relação mais profissional entre clubes e técnicos. “Vai implicar em uma relação mais madura e profissional e permitir trabalhos mais longos e consistentes. É o fim da dança das cadeiras dos técnicos no futebol brasileiro”, comentou. 

Já o ex-técnico da Seleção Brasileira e maior vencedor do Brasileirão, com cinco títulos, Vanderlei Luxemburgo criticou a decisão, em vídeo publicado em sua conta no Instagram. ‘‘De repente você tem um treinador, manda embora, vai ter que escolher precocemente se ele é competente ou não, aí vem o segundo. Aí ele por destino adoeceu. O que vai ser feito com o terceiro? Vai poder entrar?’’ questionou Luxa.  

Edição: Ana Carolina Caldas