Pernambuco

QUARENTENA

Pajeú encerra período mais restritivo com novas medidas para reabertura do comércio

Região com 13 municípios fechou todas as atividades econômicas; Avaliação era que as medidas estaduais eram ineficientes

Brasil de Fato | Recife (PE) |
Cidade pólo da região, Afogados da Ingazeira registrou 100% de taxa de ocupação de leitos antes da aplicação das medidas - Reprodução

A Região do Pajeú encerrou nesta semana os cinco dias das medidas da quarentena mais restritivas, que foram de 24 a 28 de março, atingindo a meta de retirar as pessoas das ruas e diminuir a pressão no sistema de saúde, especialmente a demanda por leitos de terapia intensiva. Os 13 municípios  são Afogados da Ingazeira (sede), Iguaraci, Carnaíba, Quixaba, Itapetim, Brejinho, São José do Egito, Santa Terezinha, Sertânia, Tabira, Solidão, Tuparetama e Ingazeira. 

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Os principais fatos que fundamentaram a decisão dos prefeitos e promotores de Justiça da Região foram a taxa de 100% de lotação dos leitos de UTI do Hospitais de referência de Afogados da Ingazeira e de Serra Talhada, com fila no Estado; a possibilidade de, em poucos dias, faltar oxigênio, anunciada pelo General Ridauto Fernandes, Diretor de Logística do Ministério da Saúde; e o risco da falta de medicamentos, anunciado pelo Conselho Federal de Farmácia e outras entidades ligadas à saúde.

Durante o período, todas as atividades econômicas foram suspensas, exceto farmácias, postos de combustível, agências bancárias e serviços de delivery. Os municípios definiram as medidas com base nas orientações técnicas dos infectologistas da Fundação Oswaldo Cruz, que publicaram o Boletim Extraordinário, em 16 de março, afirmando ser este momento de enfrentamento da pandemia da Covid-19 a maior crise sanitária e de saúde da história do Brasil.

O promotor de Justiça Lúcio Almeida Neto, coordenador da 3ª Circunscrição Ministerial, afirma que as medidas estaduais não estavam sendo suficientes para barrar circulação do vírus “Verificou-se na região, que, mesmo depois da vigência da quarentena do Estado, com diversos estabelecimentos fechados, o povo continuava na rua. Na região, não se estava conseguindo atingir o objetivo esperado na saúde. O que motivou a decisão, foi dar um tratamento mais linear e mais isonômico com as restrições e por menos tempo, em vez de ficar prorrogando indefinidamente as medidas, sem surtir o efeito almejado”, pontua.

Agora, os treze municípios passam a adotar estratégia a fim de disciplinar as filas e fluxo no comércio local reaberto, permitidos pelo Decreto Estadual vigente, para o devido cumprimento dos protocolos sanitários principais: distanciamento social, uso de máscara e higienização.

Nesta nova fase, em que há uma atenção especial para os bancos, lotéricas e os mercados, o “esforço coletivo conta com a participação do Ministério Público de Pernambuco, por meio das Promotorias Locais, Secretarias Municipais de Saúde e Vigilâncias Sanitárias, Guardas Municipais, Polícia Militar e Bombeiros Militares e Civis, além dos seguranças privados contratados pelas Prefeituras”, conclui o promotor.


 

Edição: Vanessa Gonzaga