Paraná

Pandemia

Vereador propõe auxílio emergencial em Curitiba

Município mais rico da região Sul tem condições de pagar R$ 250 por três meses

Curitiba (PR) |
Projeto deve ser uma renda complementar ao auxílio emergencial do governo federal - Divulgação

Projeto do vereador Renato Freitas (PT) pretende que Curitiba pague uma “Renda Solidária”, auxílio emergencial para as pessoas inscritas no Cadastro Único do governo federal para quem tem renda de até meio salário mínimo. O auxílio seria de R$ 250 por três meses para cada uma das 127 mil famílias cadastradas na cidade. A ideia é que seja uma renda complementar ao auxílio emergencial do governo federal.

O projeto foi proposto no começo de março, com pedido de tramitação em caráter de urgência. Até o momento, apenas seis vereadores assinaram, mas são necessários pelo menos treze para que seja analisado rapidamente no Legislativo. Concordaram com essa tramitação os três vereadores do PT eleitos no ano passado, mais dois do PDT e a vereadora do PV. “O problema é que a base de apoio do prefeito Rafael Greca, que é maioria na Câmara, não parece interessada no projeto, mas estamos trabalhando para ir a votação”, diz Freitas.

Como comparação, o auxílio nos três meses teria impacto de R$ 95 milhões no orçamento da cidade. Cerca de metade do “auxílio” que a base de Greca aprovou para os donos das empresas de ônibus, que pode chegar a até R$ 300 milhões com novo projeto que será votado em breve estendendo a “ajuda”.

Esse auxílio às empresas teve tramitação rápida, com a concordância de toda a base de apoio do prefeito, que domina mais de 2/3 dos votos dos 38 vereadores. Qualquer projeto para ser aprovado tem de ter a aprovação deles. Essa mesma base aprovou no ano passado um orçamento de R$ 500 milhões para enfrentamento da pandemia. R$ 300 milhões iriam para a saúde e os outros R$ 200 milhões para outras ações, mas estão indo para as empresas de ônibus. “O município mais rico da região Sul pode pagar esse auxílio para que as famílias tenham condições de enfrentar o pior momento da pandemia, com o ‘lockdown’ decretado pelo prefeito”, conclui o vereador.

Edição: Lia Bianchini