Paraná

Edição 203

Editorial | No Brasil e no Paraná, dois governos desastrosos

A parceria anunciada para produção e distribuição da vacina Sputinik V pelo Tecpar simplesmente desapareceu

Curitiba (PR) |
O Consórcio Nordeste garantiu a compra de 39,6 milhões de doses da vacina - Giorgia Prates

O governo anunciou que Eduardo Pazuello, mestre e doutor em fracassos logísticos no combate à pandemia, deu lugar ao cardiologista Marcelo Queiroga. Mas, por ora, não há o que comemorar, já que o novo convocado para a pasta afirmou que seguirá a política orientada por Bolsonaro.

Já o governador Ratinho Jr. se consagra como o mais fiel à cartilha bolsonarista. A parceria anunciada para produção e distribuição da vacina Sputinik V pelo Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), simplesmente desapareceu.

Na semana em que a curva de contaminação do Paraná foi a maior de todo o Brasil e que ocorreram mais de 300 mortes pela doença em um único dia, arquivos do departamento de saúde e serviços humanos do governo dos EUA revelam que a gestão de Donald Trump “persuadiu” o Brasil a rejeitar a vacina russa contra a Covid-19.

Em contraste, o Consórcio Nordeste garantiu a compra de 39,6 milhões de doses da vacina que serão distribuídas a todo o Brasil. Já o Paraná, que havia sinalizado o acordo de cooperação com a Rússia em agosto de 2020, engavetou a proposta.

Mas o governador decidiu abandonar o plano. Até quando a política de saúde de Ratinho Jr. estará colada à política desastrosa do governo Bolsonaro?

Edição: Pedro Carrano