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Mulheres estão à frente das mobilizações populares

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Em contrapartida, as mulheres são o fogo no pavio das mobilizações populares: a defesa do SUS e o direito da vacina para toda a população - GIorgia Prates
Em 2020, as mulheres representaram a maior taxa de desocupação no país

O dia internacional das mulheres de 2021 será marcado pela pandemia do Covid 19, que há um ano tem aprofundado a crise econômica, intensificando os impactos sobre a vida das mulheres. O momento é de denúncia, luta e resistência: o corte de gastos da Emenda Constitucional 95, com teto de gastos para a educação e saúde, impacta nos serviços públicos que por consequência impactam diretamente no trabalho das mulheres.

No que se refere ao trabalho assalariado, os serviços de educação básica e enfermagem são profissões majoritariamente ocupadas por mulheres, além disso o setor de serviços foi o mais afetado pela crise, atingindo os serviços de trabalhadoras domésticas, serviços de alimentação, caso de ambulantes e restaurantes, além de serviços pessoais, tratamento de beleza e cabeleireiras. Em 2020, as mulheres representaram a maior taxa de desocupação no país. 

Quanto ao espaço doméstico, a pandemia e a prática do isolamento social aguçou alguns problemas já existentes como a intensificação do trabalho invisível que as mulheres fazem com as tarefas domésticas e de cuidado das crianças, idosos e os doentes da casa. Além disso, não houve nenhum investimento no combate à violência doméstica, o que no agravamento do desemprego e dependência econômica faz com que muitas mulheres não conseguissem sair do ciclo da violência. 

Em contrapartida, as mulheres são o fogo no pavio das mobilizações populares: a defesa do SUS e o direito da vacina para toda a população, o retorno do auxílio emergencial e o impeachment de Jair Bolsonaro são os eixos centrais de reivindicação das mulheres no 8 de março deste ano.

Em uma unidade histórica, as mulheres de todos os estados do Brasil estarão juntas em um ato nacional virtual no dia 7 de março e o dia 8 será marcado por ações de solidariedade construídas pelos movimentos populares. 



 

Edição: Pedro Carrano