Paraná

Vacinação

Curitiba destinará AstraZeneca a profissionais da saúde das redes pública e privada

Cidade recebeu pouco mais de 20 mil doses, que começaram a ser aplicadas nesta segunda (25)

Curitiba (PR) |
Avião com 2 milhões de doses da vacina Oxford/AstraZeneca pousa no Brasil - Pedro Paulo Souza/MS

Das 86.500 doses da vacina AstraZeneca recebidas pelo Governo do Paraná, 20.380 foram para Curitiba. O imunizante é produzido pela Universidade de Oxford e pelo Laboratório AstraZeneca, que vieram da Índia para o Brasil. O governo brasileiro, após atrasos nas negociações, recebeu dois milhões de doses, que começaram a ser distribuídas aos estados no domingo (24).

Em Curitiba, as doses da AstraZeneca começaram a ser aplicadas nesta segunda feira (25). Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, serão ainda para o público previsto na primeira fase do plano municipal e federal de imunização. Entre os grupos prioritários, estão os profissionais de saúde das Unidades de Pronto Atendimento (UPAS), hospitais públicos e rede privada, idosos e funcionários de instituições de longa permanência e indígenas aldeados.

A vacina da Oxford/AstraZeneca apresentou 70% de eficácia contra a Covid-19 e 100% contra casos graves e mortes provocadas pela doença. Segundo a Fiocruz, o imunizante já apresenta proteção com 22 dias após a primeira dose do imunizante.

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde informou que “Curitiba, nesta semana, utilizando as duas vacinas – Coronavac e AstraZeneca - irá vacinar cerca de 12 mil pessoas. Entre estas, os profissionais da saúde que estão na linha de frente do combate ao coronavírus dos hospitais do SUS e da rede privada.” Na próxima semana, segundo a nota, “começarão a ser vacinados profissionais que estão em setores de diálise e oncologia.”

A vacinação contra a Covid-19 em Curitiba começou no dia 20 de janeiro, quando foram recebidas as 23.160 doses da Coronavac, produzida pelo Instituto Butantan. Até segunda feira (25), o número total de imunizados chegou a 4.563 pessoas. Foram vacinados profissionais de saúde, indígenas e parte dos funcionários, cuidadores e moradores das instituições de longa permanência da cidade.

Secretário de Saúde do Paraná cobra agilidade do governo federal

As mais de 86 mil doses da vacina  AstraZeneca somadas às 265,6 mil doses da CoronaVac que chegaram na semana passada totalizam 352,1 mil unidades de imunizantes recebidos no Paraná. O total até o momento, segundo informou o Secretário Estadual de Saúde, Beto Preto, é menor do que o esperado para cobrir os grupos prioritários da primeira fase da campanha de imunização. Ainda estão faltando cerca de 40 mil doses.

O secretário disse à imprensa que, nesta semana, irá encaminhar um pedido ao Ministério da Saúde cobrando o envio dessas doses que estão faltando para cobrir os grupos previstos na primeira fase. “O pedido de mais doses é com base na distribuição proporcional à população do estado. Entendemos que existe aí um número grande para ser recomposto. Caso contrário, teremos dificuldades de fechar os grupos prioritários”, afirmou.

Plano de imunização (por ordem de prioridade)

Primeira fase: Profissionais de saúde que trabalham ou moram em Curitiba, idosos que moram em instituições de longa permanência, indígenas aldeados, agentes funerários, equipes da Fundação de Ação Social (FAS), agentes da Guarda Municipal e estudantes de cursos de saúde que fazem estágios na área. A estimativa é de que 80 mil pessoas sejam vacinadas nessa fase.

Segunda fase: Idosos acamados, pessoas acima de 80 anos, pessoas entre 79 e 75 anos, de 74 a 70, de 69 a 65 e de 64 a 60, funcionários e população privada de liberdade.

Terceira fase: Cardiopatas graves, diabéticos, hipertensos, obesos, doentes neurológicos, pessoas com deficiências permanentes severas, pessoas com neoplasias, imunossuprimidos e transplantados e população de rua.

Quarta fase: Trabalhadores essenciais, como os de limpeza pública, segurança pública, motoristas e cobradores, professores, taxistas e motoristas de aplicativos.

Quinta fase: Grupos não prioritários, como a população com menos de 60 anos, seguindo a ordem de idade, dos mais velhos para os mais jovens. Até o momento, a vacina não é indicada para gestantes e menores de 18 anos.

Edição: Lia Bianchini