O ano de 2020 foi difícil para o povo brasileiro, não bastasse um governo neofascista, tivemos que enfrentar uma pandemia.

Nesses nove meses de pandemia, vimos o Ministério da Saúde se tornar palanque político, o auxilio emergencial, conquista do campo progressista no parlamento, ser apropriado indevidamente pelo governo Bolsonaro e, como se não bastasse, tivemos expostas as vísceras da desigualdade enraizada em nossa sociedade.

O desemprego e o subemprego aumentaram, as condições de existência da classe trabalhadora pioraram enquanto os ricos ficaram mais ricos. Mas neste mar de desespero e incertezas tivemos o acúmulo das experiências de solidariedade entre o povo.

A Campanha Periferia viva está em diversas cidades organizando e contribuindo com a periferia para enfrentar o coronavírus com distribuição de máscaras, cursos de agentes populares de saúde, geração de renda e produção, e distribuição de alimentos. O MST já distribuiu pelo Brasil mais de três mil toneladas de alimentos vindos de pequenos agricultores. Assim, ao olharmos para 2020, podemos reconhecer que, nessa luta, estamos batalhando pela vida.

Não foi um ano fácil, mas nos mostrou a força da solidariedade entre a classe trabalhadora, como prática que nos fortalece e fortalece nossa organização popular.

Edição: Lia Bianchini