Paraná

Coluna

Sobre a nossa greve de fome

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Silêncio dos meios de comunicação e da base governistas na Alep marcaram o cerco contra a luta dos professores e a greve de fome - Giorgia Prates
Intensificar as mobilizações aprovadas em assembleia, sermos criativos, dar visibilidade

Em casa depois de nove dias entre a ocupação da Alep e a greve de fome no Palácio Iguaçu.

Voltei me sentindo muito bem, 8 quilos mais magro e com um enorme aprendizado pessoal e coletivo. Essa é uma batalha inacabada.

O fato do aprendiz da tirania, Ratinho Jr (PSD), não ter descido do pedestal da vaidade, recebido a direção sindical, respondido aos principais pontos da pauta, não é motivo de desistência da luta. Ao contrário, em meio à pandemia, o governador e seu ‘secretino’ da educação Renato Feder (unicamente interessado em lucro e em colocar o Paraná no primeiro lugar do Ideb nacional sob ampla corrupção), não nos deixa escolha: Intensificar as mobilizações aprovadas em assembleia, sermos criativos, dar visibilidade a toda fraude educacional e corrupção em curso neste governo. Impedir a realização da prova para PSS, prorrogar os contratos de Professoras/es e Funcionárias/os temporárias/os evitando o desemprego de 29.642 trabalhadoras/es no ano novo; garantir o pagamento integral do atrasado salário regional para milhares de funcionárias/os que recebem abaixo do salário mínimo; reverter o fim do ensino noturno das escolas militarizadas ilegalmente; reverter a destruição do ensino de Jovens e adultos, educação profissionalizante, educação do campo e fechamento de escolas são temas que trabalharemos dia após dia.

Nossa greve de fome, mesmo com a reduzida visibilidade da grande mídia, desnudou o reizinho, a Assembleia Legislativa e sua maioria golpista e as dificuldades com o poder judiciário do estado. Só a luta coletiva e permanente com a bandeira da verdade empunhada impedirá a destruição total da educação pública do Paraná. Concluo com uma reflexão sobre as bandeiras do Brasil e do Paraná hasteadas dia e noite no centro cívico e seu intenso barulho das nossas madrugadas mal dormidas:

Que republiqueta é essa?

Edição: Pedro Carrano