Paraná

FIM DA GREVE DE FOME

Professores aprovam assembleia permanente e indicativo de greve para 2021

Categoria define que a deflagração de greve geral não é imediata. Greve de fome também chega ao seu final

Curitiba (PR) |
Professores, funcionários de escola, educadores e educadoras do Paraná, em assembleia online estadual realizada hoje (26), aprovaram a definição de estado de greve - Pedro Carrano

Professores, funcionários de escola, educadores e educadoras estaduais, em assembleia online estadual realizada na tarde de hoje (26), aprovaram a definição de estado de greve, assembleia permanente, que pode ser chamada a qualquer momento, e indicativo de greve para início do ano letivo, em 2021, com assembleia da categoria em fevereiro.

77% da categoria foram a favor dessa linha, ao passo que 13% contrários.

Os trabalhadores apontaram luta para que a prova do Processo Seletivo Simplificado (PSS - agendada para o dia 13 de dezembro), seja derrubada e os contratos dos funcionários atuais sejam prorrogados. Devem intensificar pressões contra prefeitos pela não realização da prova.

Mobilizações como carreatas de protesto também foram propostas na assembleia.

Greve de fome sob o tiroteio do silêncio

Encerra-se também a greve de fome iniciada por 47 professores. A direção e conselho estadual do segmento avaliaram a ação como necessária. Porém, inúmeras avaliações apontaram o pouco acompanhamento por parte da mídia empresarial de forma geral. Além disso – fato já esperado -, a base política de Ratinho Jr na Assembleia Legislativa aceitou um silêncio completo sobre a situação.

Presidente da APP-Sindicato, um dos grevistas de fome por oito dias, e autor de críticas diárias contra o governador Ratinho Jr, Hermes Silva Leão aponta que a intransigência por parte do governo estadual levou a categoria a medidas extremas. E, de acordo com ele, as mobilizações devem seguir.

“Tenho falado isso, nossa postura foi muito afirmativa de defesa da vida, do isolamento social, a ocupação de uma noite na Assembleia aconteceu justamente pelo não diálogo do governo, os ataques e a questão do desemprego, vamos para cima das formas que forem possíveis para reverter isso”, afirma.

 

Edição: Gabriel Carriconde