Paraná

Coluna

Carta do professor Hermes: oitavo dia de greve de fome

Imagem de perfil do Colunistaesd
Solidariedade cresce em apoio à greve de fome de educadores/as - Giorgia Prates
O governador Ratinho mantém a ordem para ninguém da base governista na Alep falar na greve de fom

Curitiba, quinta, 26 de novembro de 2020, 05:10 horas. Resistimos no oitavo dia de jejum em greve de fome.

"A liberdade custa muito caro e temos ou de nos resignarmos a viver sem ela ou de nos decidirmos a pagar o seu preço", escreveu José Martí. Essa noite foi bem mais tranquila, o clima está agradável. O vento não agitou as bandeiras do Palácio Iguaçu. Enquanto recebemos centenas de mensagens de apoio à nossa luta, o governador Ratinho Jr (PSD), mantém a ordem para ninguém do governo ou da base governista na Alep falar sobre a greve de fome.

O governador e seu séquito passou a dar expediente num prédio da Copel. Funcionários/as e seguranças entram e saem pelas portas dos fundos do Palácio Iguaçu. A Seed e o secretário empresário Renato Feder não se pronunciam sobre a greve de fome, mas anunciam o fechamento de seis escolas em Curitiba e Região Metropolitana. Vão gerar mais desemprego e expulsão de estudantes da rede.

Estamos marcando nosso registro devidamente, governantes que agiram de maneira covarde tiveram seu lugar na história. Neste período histórico de pandemia, o negacionismo ante os milhares de paranaenses mortos e a covardia dos ataques a professoras/es e funcionárias/os por parte de Ratinho Jr e da maioria dos/as deputados/as estaduais não serão esquecidos! Muito obrigado a todas e todos que decidiram aproveitar esta oportunidade para realizar um dia de jejum em Greve de Fome.

Essa solidariedade é o que nos alimenta.

Edição: Pedro Carrano