Paraná

Edição 194 BdF-PR

Editorial | Tempos de indignação, tempos de luta

Mas Bolsonaro ignorou o caso e também o racismo estrutural brasileiro

Curitiba (PR) |
País vai chegando a um estrangulamento inaceitável de direitos - Giorgia Prates

No Dia da Consciência Negra, o Brasil acordou com a brutal notícia do assassinato de João Alberto Silveira Freitas, homem negro de 40 anos agredido até a morte por dois homens brancos na loja do Carrefour, em Porto Alegre.

O fato causou grande comoção nacional. Mas Bolsonaro ignorou o caso e também o racismo estrutural brasileiro. Em seu discurso na conferência do G20, no dia 21, falou sobre “tentativas de importar para o nosso território tensões alheias à nossa história”. Contra o racismo, milhares de pessoas protestaram diante dos supermercados da rede Carrefour em várias cidades do país.

No Paraná, além das importantes manifestações antirracistas, estamos vivenciando mobilizações cruciais de profissionais da educação da rede pública estadual por condições dignas de trabalho, contra demissões e pelo cancelamento da prova do Processo Seletivo Simplificado (PSS) convocada em plena pandemia, entre outras pautas. Diante do descaso do governo de Ratinho Júnior, uma greve de fome foi desencadeada.

Assim como a violenta morte de João Alberto nos convoca a lutar contra o racismo, as professoras e professores paranaenses nos ensinam que é preciso transformar nossa indignação em mobilização.

Edição: Pedro Carrano