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Mensagem do professor Hermes: "aprofunda-se a necropolítica no Paraná"

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Renato Feder e o governador Ratinho Júnior seguem o negacionismo em relação à Covid próprio do governo Bolsonaro - Giorgia Prates
Aprofunda-se no Paraná a necropolítica - políticas que favorecem a morte

Curitiba, quarta, 25 de novembro, 05:40 h. chegamos ao sétimo dia de resistência pacífica na greve de fome no Palácio Iguaçu. Estou seis quilos mais magro.

Essa noite foi difícil, um vento cortante insistiu em soprar a noite inteira. Na ventania, o barulho produzido pelas bandeiras hasteadas 24 horas por dia se torna uma tortura mental.

Diante dos mais de 170 mil mortos/as por covid no Brasil precisamos intensificar a denúncia ao método de gestão do governador Ratinho Jr (PSD), e do secretário da educação Renato Feder. Aprofunda-se no Paraná a necropolítica - políticas que favorecem a morte.

Havíamos denunciado que a movimentação de mais de 80 mil pessoas, no golpe de militarização das escolas, no final de outubro, em plena pandemia, aumentaria as contaminações. O governo não preparou protocolo que desse segurança. As eleições municipais reforçaram a tragédia. O negacionismo de Ratinho Jr e Renato Feder ajudam as pessoas a minimizar os riscos da contaminação.

Vejam que esses dois não citam os mortos e a pandemia, perfil de necropolíticos. A convocatória de eleições para diretoras/es de escolas, dia 9 de dezembro e realização de prova para Processo Seletivo Simplificado (PSS), dia 13 de dezembro, manterá a circulação comunitária do vírus com aumento das mortes.

O silêncio do governador sobre nossa greve de fome, as mentiras e distorções arrotadas por alguns deputados da base governista na Assembleia Legislativa também são parte da cultura negacionista e vão dando cores ao aprofundamento da necropolítica no Paraná.

Obrigado às milhares de mensagens enviadas por corações que não se renderam a esses valores terríveis do tempo presente. Seguimos na resistência!

Edição: Pedro Carrano